Morre o maior nome do Quarto de Milha de corrida; Corona For Me deixa um legado

Um ícone da velocidade que marcou gerações no Brasil e no mundo, Corona For Me, Filho direto do lendário Corona Cartel e da matriz JD Me Too, Corona For Me herdou – e repassou – uma genética de campeões.

É com grande tristeza que o mundo do turfe e da equideocultura recebeu a notícia da morte de Corona For Me, no dia 9 de setembro de 2025. Nascido em 24 de março de 2001, o garanhão castanho se despede deixando um legado imensurável para o Quarto de Milha de corrida, raça em que se consagrou como um dos maiores ícones de todos os tempos.

Corona For Me não apenas se destacou como um reprodutor excepcional, mas também conquistou os corações de todos que tiveram o privilégio de conviver e cuidar dele”, destacou o comunicado oficial do Condomínio Corona For Me.

Carreira internacional: da pista americana ao estrelato

Filho direto do lendário Corona Cartel e da matriz JD Me Too, Corona For Me herdou uma genética de campeões. Nos Estados Unidos, brilhou nas pistas com 4 vitórias e mais de US$ 375 mil em prêmios, incluindo o vice-campeonato no prestigiado Los Alamitos Million Futurity (G1), além de finais em provas clássicas como o Golden State Futurity e o Los Alamitos Super Derby.

Sua performance rendeu o registro AAA-99 e o colocou no radar dos grandes criadores, já antecipando o que viria a ser sua carreira como um dos mais influentes reprodutores da raça.

Corona For Me e seu legado como reprodutor

Após ser importado para o Brasil, Corona For Me tornou-se um verdadeiro divisor de águas. Seus descendentes já acumularam mais de R$ 6,5 milhões em prêmios no país, o que o colocou como o segundo maior reprodutor da história do Quarto de Milha de corrida no Brasil.

Entre seus filhos de destaque estão:

  • Kiss Me For Me SA – bicampeã do South America Challenge, com mais de R$ 520 mil em prêmios.
  • Miracle For Me PK – vencedor de R$ 418 mil.
  • Golias For Me – conquistou R$ 321 mil em corridas.
  • Corona Jumpim MRL – campeão do South America Challenge em 2018.

Além das pistas de velocidade, sua progênie também brilhou em outras modalidades, como Três Tambores e Vaquejada, ampliando ainda mais a relevância do garanhão.

Um clássico da velocidade

Descrito por criadores como “uma obra clássica da velocidade”, Corona For Me foi por anos líder das estatísticas do Jockey Club de Sorocaba, referência nacional e internacional nas corridas de Quarto de Milha.

O Jockey, conhecido como a “capital do Quarto de Milha de velocidade no Brasil”, distribui anualmente mais de R$ 10 milhões em premiações e foi palco de muitas vitórias de filhos do garanhão.

O turfe no Brasil e a contribuição de Corona For Me

O turfe brasileiro movimentou R$ 253 milhões em 2024, consolidando-se como uma engrenagem econômica que vai além das apostas: gera empregos, impulsiona o mercado genético e atrai investidores.

Dentro desse cenário, cavalos como Corona For Me foram fundamentais para elevar o padrão do Quarto de Milha de corrida no país, transformando o Brasil em polo de referência mundial.

Legado eterno

Que seus filhos herdem não apenas sua força, mas também a performance e a garra que o tornaram uma obra clássica da velocidade. Seu legado viverá através deles”, completa a nota de despedida do Condomínio Corona For Me.

Com sua morte, encerra-se um ciclo de mais de duas décadas de contribuição direta às pistas e à reprodução. Mas sua genética — marcada pela velocidade, força e consistência — seguirá moldando campeões no Brasil e no mundo por muitas gerações.

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