MT: relatório IMEA aponta recuo nos custos de produção de leite

Neste ano os produtores de leite estão em uma situação diferente em relação aos anos anteriores, que durante o período seco, historicamente o preço do milho e do farelo eram mais altos.

Em MT, o preço pago ao produtor pelo leite captado em abr.23 avançou 1,11% ante a mar.23, com média de R$ 2,28/litro, reflexo da oferta limitada, que acarretou maior demanda pelo produto na indústria.

Somado a isso, devido à perspectiva de supersafra de milho e soja no estado, o preço do farelo de soja recuou 9,82% e do cereal disponível 9,43% ante a mar.23, cotados a R$ 2.289,00/t e R$ 52,56/sc, respectivamente.

Desse modo, a RT entre o leite e o farelo diminuiu 10,81% e com o milho a queda foi de 10,42% ante a mar.23, ambos fixaram-se em 1.008,7 l/ t e 23,15 l/sc, na mesma ordem.

Assim, neste ano os produtores de leite estão em uma situação diferente em relação aos anos anteriores, que durante o período seco, historicamente o preço do milho e do farelo eram mais altos. Contudo, até o momento analisado, os pecuaristas têm a vantagem de adquirir os componentes da ração a menores preços nesta entressafra.

  • Recuou: com a evasão de produtores e a chegada da estiagem, o índice de captação do leite de Mato Grosso caiu 10,77% no comparativo mensal abr.23 ante a mar.23, e fixou-se em 50,80. 
     
  • Subiu: diante do avanço no preço da matéria prima, os preços dentro da indústria também se elevaram e a manteiga no estado apresentou alta de 5,51% ante a mar.23, cotada a R$ 32,19/l.
     
  • Caiu: com a maior oferta de fertilizantes, o preço da ureia recuou 22,38% ante a mar.23, fato que favoreceu a RT do leite com o insumo, que esteve em 1,54 mil l/t em abr.23.

Os custos com alimentação do índice de insumos para a produção de leite cru (ILC-MT) puxaram a queda no indicador em abr.23 ante a mar.23. Com perspectivas de grande produção de milho e soja na safra 22/23, somado a lenta comercialização da safra anterior, os insumos alimentares ganharam destaque no índice de abr.23.

No comparativo mensal, os concentrados registraram redução de 5,31%, ao passo que os volumosos recuaram 3,26%, ambos grupos possuem uns dos maiores pesos no ILC-MT, com participação de 29,13% e 15,19%, respectivamente. Em menor intensidade, também houve queda de 0,44% na suplementação mineral e de 0,23% com outros gastos.

Na contramão, o único a apresentar incremento foi o grupo de sanitários, que subiu 0,99% no mesmo comparativo mensal. Desse modo, o atual cenário é de recuperação nas margens na ótica do produtor de leite, pois no mesmo período do ano passado o ILC-MT era 1,46% maior que o observado em abr.23.

Fonte: IMEA

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