
Foram mais de duas décadas de pesquisa para desenvolver o pequi sem espinho. Quem já comeu garante que o gosto é semelhante ao tradicional. Fruto deve atrair novos apreciadores, que tinham medo de ter a língua tomada por espinhos.
Após 25 anos de pesquisa, começam a chegar ao mercado este ano as mudas de pequi sem espinhos. O fruto do cerrado temido por muita gente que tem receio de ficar com a língua infestada pelas mini farpas foi reinventado, e agora tem grande chance de atrair mais adeptos – e haters também, que nunca tiveram coragem de experimentar antes.
A novidade vem animando os apaixonados pelo fruto, mas para ele chegar às mesas do público em geral, deve demorar até quatro anos, já que agora as mudas estão sendo produzidas por viveiristas do estado de Goiás, que nos próximos meses vão começar a comercializar.
Um edital chegou a ser aberto pela Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária para vender 5 mil mudas para o público em geral por 50 reais cada. Em 10 dias, o cadastro teve que ser suspenso porque, segundo a coordenadora da pesquisa, Elainy Botelho, já estava dando confusão.
“Dá até briga, nós temos cinquenta mil pessoas inscritas pra poder adquirir mudas de Pequi, porque o Pequi, além dele ser um um produto que mexe com o emocional, principalmente do goiano, o goiano ama Pequi demais da conta, né? Como diz o goiano. E então todo goiano quer um pé de Pequi na sua horta, na sua chácara, na sua fazenda, que você imagina quantos pés de Piqui. Então, isso, o fato de ser sem espinho popularizou muito, porque criança pode comer descuidadamente, idoso, estrangeiros que visitam o Brasil.”
A pesquisadora conta que um produtor do interior de Mato Grosso descobriu na fazenda dele o pequi sem espinhos. Com medo do pequizeiro morrer e querendo mais do fruto, ele chamou a Emater e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária para que a árvore fosse clonada. As duas entidades começaram as pesquisas e duas décadas depois, os primeiros frutos sem espinhos começaram a aparecer. Quem já comeu, que é o caso do médico Antonio Malan, garante que o gosto é o mesmo, ou até melhor.
“Ele não tem aquela robustez de sabor do pequi tradicional e ele é muito agradável. Para as pessoas iniciantes do pequi, eu acho que é muito melhor iniciar com pequi sem espinho de que com o pequi com espinho, porque ele é um sabor mais agradável. E para as pessoas que gostam do pequi, eu acho que é muito mais saboroso, é muito mais ele saborearem e colocar na sua boca e bordeia aquela massa gostosa, sem o temor de ter o espinho.”
No final do ano passado, um influenciador digital foi parar no médico para retirar espinhos da língua após ter comido pequi em caldas novas, em Goiás. Dellano Cruz mostrou a saga nas redes sociais e postou vídeos na maca da unidade de pronto atendimento da cidade.
Para comer o pequi tradicional precisa mesmo de habilidade. E é o que a estudante de fisioterapia Amanda Souza tem de sobra. Ela já roeu 88 pequis em 10 minutos e venceu um torneio promovido pela Universidade Federal do Tocantins. Com a novidade, Amanda já fala em bater o próprio recorde.
“Eu acredito que se tivesse uma competição com esse pequi sem caroço, eu conseguiria ruer até o dobro. Ruer não, né? Acho que o certo seria falar comer, não sei, porque é uma coisa, pra mim, inusitada, um pequi sem caroço.”
Além do Tocantins, em Montes Claros, Minas Gerais há o concurso para eleger o ‘Melhor roedor de pequi do mundo’, o organizador do evento, Fred Rocha, diz que futuramente pode haver até uma nova categoria quando o pequi sem espinhos chegar ao mercado.
“Eu acho que a gente ia fazer a modalidade iniciante, seria o Pequi Nutella, o Menini. Esse Piqui sem o espinho, ele é um grande facilitador, mas eu não tenho dúvida que favoreceria muito o fruto para trazer novos adeptos, porque não é o Piqui que a gente brinca, eu amo ou odeia, né?”
Fonte: CBN
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