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No agro, preservação e produção devem andar juntas

Muitos produtores perceberam que mercados se fecham quando não há comprovação de que estão sendo respeitadas regras de proteção do meio ambiente.

No Brasil, independentemente de políticas governamentais, vários setores da economia privada estão buscando suas próprias soluções para descarbonizar a economia. No agronegócio, o principal motor da economia brasileira e que depende muito da exportação, o caminho de práticas ambientalmente mais comprometidas, onde o fim do desmatamento e o aumento da eficiência produtiva andam juntos, é algo consolidado.

Muitos produtores perceberam que mercados se fecham quando não há comprovação de que estão sendo respeitadas regras de proteção do meio ambiente. Muito da pecuária extensiva, por exemplo, tem sido trocada pela intensiva, com gado semiconfinado.

Facilita o controle de alimentação, de questões de saúde animal e da qualidade da carne. Além disso, o abate ocorre em menos tempo, e tudo contribui para a criação de mais animais em menor espaço. Muitas fazendas também estão integrando lavoura, pecuária e floresta, em que a produção não exige desmatamento.

Apesar de avanços, os números do sistema SEEG –Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa, uma iniciativa da ONG Observatório do Clima–, mostram que as maiores fontes de emissão de gases de efeito estufa no Brasil ainda são o desmatamento (45% em 2019) e a agropecuária (28%).

Por isso, a mitigação nesses dois casos é mais urgente. “No primeiro caso, precisamos empreender esforços de fiscalização para impedir desmatamentos ilegais e pagar pela manutenção da floresta em pé em áreas onde a derrubada de árvores seria ainda permitida, remunerando o agricultor pelo valor que ele obteria com o desmatamento legal”, afirma Carolina Dubeux, pesquisadora da COPPE.

Segundo ela, o Brasil ainda tem condições de aumentar as áreas de conservação florestal e terras indígenas, de reflorestar o que for possível (há 100 milhões de hectares de pastos degradados) e fomentar a bioeconomia como forma de prover renda alternativa à população.

“No caso da agropecuária, é urgente ampliar a produtividade do rebanho nacional, aumentando a taxa de lotação do gado (cabeça/hectare) e reduzindo a idade de abate. As medidas previstas no Plano ABC (política pública federal que visa estimular o uso de práticas de produção sustentáveis no campo) precisam se tornar a norma e não uma opção”, diz.

Energia

Outro setor que avança é o de geração de energia renovável, como a eólica e a solar. Com o barateamento dos equipamentos, têm surgido vários parques de geração pelo país. No caso da energia solar, contam a favor do Brasil a extensão territorial e a posição no globo, que garante a incidência de raios solares o ano todo.

Com relação à energia eólica, especialistas afirmam que a qualidade dos ventos (velocidade e constância), principalmente no Nordeste, fazem do Brasil uma espécie de Arábia Saudita desse tipo de energia.

As informações são da Folha de São Paulo. 

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