
O ano de 2025 traz uma semelhança em comparação ao panorama de 2013, com menor ocorrência de eventos extremos.
A safra 2025/2026 terá um cenário mais favorável e menos extremo em relação a anos anteriores, o que traz boas perspectivas para o agronegócio brasileiro. Segundo a Nottus, empresa de inteligência de dados e consultoria meteorológica, entre os fatores destaca-se um quadro oceânico marcado pela persistência de águas frias no Pacífico Equatorial — condição que afeta a circulação atmosférica global, embora não configure tecnicamente um La Niña forte.
O ano de 2025 traz uma semelhança em comparação ao panorama de 2013, com menor ocorrência de eventos extremos. “Essa configuração geral favorece a condição climática no Brasil, com impactos positivos para o setor agrícola e para os recursos hídricos. De qualquer forma, é fundamental que regionalmente o produtor mantenha habitual atenção e cautela e siga as recomendações técnicas no planejamento da lavoura”, diz Paulo Etchichury, CEO da Nottus. “Tiramos de lição que a participação direta do produtor na definição da estratégia, uso de tecnologia e manejo da lavoura são importantes para mitigar e reduzir os efeitos de eventuais contratempos climáticos”, conclui Etchichury.
Perspectiva climática para as regiões produtoras do Brasil
Sul
O plantio das lavouras de grãos da região deve ocorrer entre outubro e novembro, com boa umidade do solo garantida pelas chuvas da primavera. Apesar da previsão de ondas de frio tardias e episódios de calor extremo no verão, o cenário é mais favorável se comparado com a safra anterior, que foi marcada por estiagens severas. Para esta safra, há risco de estiagens regionalizadas de curta duração, entre dezembro e janeiro, especialmente no Rio Grande do Sul.
Centro-Oeste
As chuvas ocorridas no fim de setembro e começo de outubro devem se regularizar em novembro e favorecer o plantio das lavouras de verão, especialmente a de soja. Esse quadro permitirá que o plantio ocorra dentro do período ideal, incluindo a segunda safra de milho (milho safrinha). Em geral, a região apresenta um ciclo de chuva no verão mais bem definido. Contudo, o início e o final do período chuvoso podem oscilar de um ano para outro.
Sudeste
Especialmente no interior de São Paulo, Triângulo Mineiro e Cerrado Mineiro, o retorno das chuvas está previsto para outubro, com regulação em novembro e deve se prolongar até abril de 2026. A condição climática beneficiará as lavouras de grãos, como soja e milho e também as culturas da região, como cana-de-açúcar, café e laranja. Pequenas oscilações na distribuição das chuvas durante o verão não devem comprometer a produtividade, e a reposição hídrica será positiva para o solo e os reservatórios.
Norte e Nordeste
Para a região do MATOPIBA – que compreende o sul do Maranhão, Tocantins, sul do Piauí e oeste da Bahia –, o principal risco climático para as lavouras de verão está associado à redução das chuvas entre janeiro e fevereiro de 2026 e com risco de episódios de estiagens regionalizadas. A atuação da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) e as condições do Oceano Atlântico contribuem para um cenário favorável, com o prolongamento das chuvas até abril e maio. O início das chuvas não deve atrasar e se estender entre novembro e março, com prováveis episódios em outubro.
Fonte: Nottus
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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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