
Nova técnica torna mais eficiente a inseminação artificial de bovinos e aumenta a taxa de prenhez das vacas, aponta estudo da UFLA.
A inseminação artificial é uma biotecnologia importante para melhorar o desempenho da pecuária. No Brasil, mais de oito milhões de vacas são inseminadas ao ano – ou seja, ficam prenhas a partir da administração do uso do sêmen congelado do touro introduzido na vagina da fêmea.
No intuito de aumentar a eficiência reprodutiva dos rebanhos bovinos, uma pesquisa do Departamento de Medicina Veterinária (DMV) da Universidade Federal de Lavras (UFLA) encurtou para 22 dias o intervalo entre inseminação artificial em tempo fixo (IATF). Até então, o prazo era de 40 dias.
O estudo, coordenado pelo professor do DVM José Nélio de Souza Sales, conquistou recentemente o prêmio de melhor trabalho na área aplicada durante a XXXII Reunião da Sociedade Brasileira de Tecnologia de Embriões (SBTE), principal congresso internacional de reprodução animal realizado no Brasil.
A inseminação artificial em tempo fixo, batizada com a sigla IATF, é o método mais utilizado para facilitar o manejo do gado nas últimas décadas, porque elimina a necessidade de monitorar o cio da vaca. O método usa hormônios que induzem a ovulação da vaca e permitem a inseminação em dia programado. Ele permite inseminar um grande número de fêmeas em um mesmo dia, sem a observação de cio.
Atualmente, o intervalo entre IATFs são de 40, 32 ou 24 dias, isto é, uma vaca inseminada em tempo fixo que não se tornou prenha na primeira inseminação pode ser inseminada novamente após igual período. Quando é realizada a inseminação em tempo fixo com intervalo de 24 dias, introduz-se progesterona de curta ação na vagina da vaca.
Conseguimos encurtar para 22 dias o intervalo da inseminação artificial em tempo fixo (IATF)!
Com a pesquisa desenvolvida pela UFLA, constatou-se que é possível reduzir o custo do procedimento porque retiraram a aplicação de um hormônio no início da operação. “Se antes era possível realizar três inseminações em tempo fixo em um intervalo de 80 dias, o estudo propõe reduzir esse intervalo para 44 dias”, explicou José Nélio de Sousa Sales.
Os experimentos foram realizados em 1.065 novilhas da raça Nelore em fazendas do Mato Grosso. A nova técnica forneceu condições para que inseminações fossem realizadas em intervalos mais curtos. Pelo menos 40% das novilhas se tornaram prenhas na segunda inseminação dentro do esperado. A taxa de prenhez das fêmeas na segunda tentativa foi semelhante à primeira inseminação.
Segundo o professor do DVM, a inovação aumenta a eficiência da inseminação e melhora a genética dos bezerros. “A inseminação custa, em média, R$ 60. É uma biotecnologia muito viável que garante retorno do investimento em um ano e meio em torno de 150% ”, ressaltou.
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Testes
Os resultados apresentaram taxas satisfatórias de prenhez e índice considerável de exames falso positivo (25%), quando testes indicaram que a fêmea estava prenha, porém, na realidade, não estava gestante.
O estudante de doutorado e pesquisador da inovação, Luiz Manoel Souza Simões, alerta que um dos motivos é o tipo de teste realizado. “Com a inseminação em tempo fixo realizada em intervalo de 22 a 24 dias, não é feito diagnóstico de gestação por visualização do embrião. Em vez disso, realizamos avaliação da vascularização da estrutura ovariana, método importante de medição da gestação. Na próxima etapa, vamos tentar entender as demais causas desses falsos positivos na busca de reduzi-los”, informa.
Fonte: UFLA
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