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O PT pode “regular a produção” do Agro, e agora?

Segundo o programa de governo, do candidato do PT – Lula da Silva – protocolado anteriormente no TSE, ele pretendia fazer a “regulação” da produção agrícola do país como forma de “agregar valor à produção agrícola”.

A inclusão do termo “regulação da agroindústria” na diretriz do programa de governo da chapa Lula/Alckmin protocolado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foi mais uma clara confirmação da intenção do Partido dos Trabalhadores, em querer prejudicar o setor ajuda a mover a economia deste país. Após grande repercussão, Lula recua e tira ‘regulação do agro’ de diretrizes de governo entregues ao TSE. Será que realmente ficou arrependido?

Outro projeto, assinado por mais de 20 petistas, é à “moda argentina”; Agora eles propõem imposto que pode “quebrar” o agro em duas safras. Qual a sua opinião?

O agronegócio é responsável por quase um terço do PIB brasileiro, representando um dos maiores percentuais no mundo e o maior entre os países com economia forte. Como, em algum momento, alguém na posição que teria, a de um presidente – caso eleito – poderia querer algo desse tipo para o setor da agroindústria? Inacreditável.

O texto dizia ser “imprescindível agregar valor à produção agrícola, com regulação e a constituição de uma agroindústria de primeira linha”. A nova versão, enviada ao TSE neste sábado, fala em “agregar valor à produção agrícola com a constituição de uma agroindústria de primeira linha”.

Principal rival de Lula na eleição presidencial deste ano, o presidente Jair Bolsonaro (PL) já disse que o petista pretense desistimular o agronegócio no que seria uma interferência indevida do estado no setor, que constitui importante base eleitoral do atual chefe do Executivo.

Também consta na diretriz de governo do PT o fortalecimento da produção nacional de insumos, máquinas e implementos agrícolas para fomentar o desenvolvimento do complexo agroindustrial. O texto contém 121 parágrafos listando realizações dos governos do PT e promessas de campanha, como revogar o teto de gastos, rever a reforma trabalhista e mudar a política de preços dos combustíveis.

A presença do termo regulação desagradou a representantes do agronegócio. O setor teme que a regulação citada no texto seja uma referência à eventual interferência do governo no mercado com controle das exportações e da produção.

O trecho não explica exatamente como isso ocorreria, apenas a palavra “regulação” foi acrescentada ao documento, apontou a Valor Econômico. “É imprescindível agregar valor à produção agrícola, com regulação e a constituição de uma agroindústria de primeira linha, de alta competitividade mundial, e fortalecer a produção nacional de insumos, máquinas e implementos agrícolas, fomentando o desenvolvimento do complexo agroindustrial.”

PT ainda apoia projeto de TAXAR as exportações do agronegócio

O Projeto de Lei 1586/22 determina a cobrança de Imposto de Exportação sobre um conjunto de alimentos estratégicos para a dieta básica dos brasileiros quando houver algum risco ao abastecimento interno. O texto em análise, que dos 56 deputados federais do PT, 22 aparecem como autores na Câmara dos Deputados, visa alterar o Decreto-Lei 1.578/77, que instituiu esse tributo no País.

A proposta deixa de fora os produtos elaborados ao prever que, mediante ato do Poder Executivo, estariam sujeitos ao Imposto de Exportação:

  • Soja, milho e arroz, na forma de grãos, quando os estoques públicos estiverem em volume abaixo de 10% das previsões de consumo nacional desses produtos; e
  • Carnes de frangos, bovinos e suínos, na forma in natura, nas situações de ameaça à regularidade do abastecimento interno.

“A proposta visa corrigir uma contradição que afronta o interesse público no País: a abusividade dos volumes de alimentos exportados em contexto de volatilidade de preços e de insuficiência no abastecimento interno”, afirmaram os autores da proposta, o deputado Airton Faleiro (PT-PA) e outros 22 parlamentares.

“Em 2021, foram enormes as perdas de safra principalmente por conta da seca no Sul. O Brasil exportou 20,4 milhões de toneladas de milho quando enfrentávamos dificuldades para atender o mercado doméstico, e importamos 3,2 milhões de toneladas de milho a preços internacionais estratosféricos”, notaram os autores

Proposta é criticada pela oposição

O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), Sérgio Souza (MDB-PR), atacou os governos do PT e criticou a proposta do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato ao Palácio do Planalto, de regular a produção agrícola. “Não podemos deixar voltar ao governo aqueles que são contra a produção rural”, declarou o deputado nesta quarta-feira, 10, no Encontro Nacional do Agro, promovido pela Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

Em seu discurso no evento, Souza também defendeu o presidente Jair Bolsonaro (PL), falou em levar a mensagem do “líder maior” pelo País e disse que a bancada ruralista precisa sair das eleições de outubro ainda mais forte para ajudar o governo. Ele criticou partidos que “votam contra o agro” no Congresso, em referência ao PT, e disse que essas legendas agora querem regular a produção agrícola, que, na visão dele, é o pilar do País.

A diretriz do programa de governo Lula que cita a “regulação da agroindústria” não detalha como isso seria feito, mas fala em “agregar valor” à produção agrícola, a constituição de uma agroindústria de “primeira linha” e de “alta” competitividade mundial.

O termo foi acrescentado na versão final das diretrizes do programa protocolado junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 6 de agosto e não fazia parte da versão anterior que a imprensa teve acesso.

Após o setor produtivo reagir, o Partido dos Trabalhadores informou que a inclusão do termo “regulação da agroindústria” na diretriz do programa de governo da chapa Lula/Alckmin protocolado no Tribunal Superior Eleitoral foi um “erro de revisão”. Segundo a assessoria do coordenador do programa de governo do PT, Aloizio Mercadante, a palavra regulação seria retirada da versão final do programa.

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