O que as fezes dos bovinos confinados nos mostram sobre a dieta? Especialista explica

Aqui na fazenda, uma das formas mais rápidas e práticas que encontramos para avaliar como os bois estão respondendo à dieta é observando as fezes

Pode parecer simples, mas a consistência, a cor e até o cheiro das excretas dizem muito sobre o que está acontecendo no rúmen e na digestão dos animais. Com o tempo, a gente vai pegando o jeito. Não precisa de laboratório para perceber quando algo está fora do padrão. Basta caminhar pelos currais, olhar com atenção e conhecer bem a dieta que está sendo fornecida.

Aqui na fazenda, uma das formas mais rápidas e práticas que encontramos para avaliar como os bois estão respondendo à dieta é observando as fezes.

Consistência é o primeiro sinal

Quando as fezes estão muito líquidas, em geral é sinal de que tem concentrado demais na dieta (muito milho, por exemplo) e pouca fibra de qualidade. Isso acelera a fermentação no rúmen e pode causar acidose. Já se estiverem muito secas e com pedaços de fibra mal digerida, pode ser que o volumoso não esteja com boa digestibilidade ou que o animal esteja consumindo pouca água.

Grãos inteiros nas fezes? Alerta ligado.

Um detalhe que sempre observamos é a presença de grãos de milho ou partículas grandes nas fezes. Isso indica que o animal não está aproveitando bem o alimento – seja por falha na moagem do grão, por um problema no processo digestivo ou por má adaptação à dieta. Em qualquer caso, significa perda de eficiência e de dinheiro.

Cor e cheiro também contam história

Mudanças bruscas na coloração das fezes (muito escuras ou esverdeadas) podem sinalizar desordens digestivas. E se o cheiro estiver muito forte ou ácido, também é sinal de alerta. Isso costuma ocorrer quando há fermentação fora do padrão, geralmente por excesso de amido ou falta de fibra efetiva.

Por que isso importa no dia a dia?

Fazer essa leitura rápida ajuda muito na tomada de decisão. Aqui, sempre que notamos alguma mudança no padrão das fezes, revisamos a mistura da dieta, a moagem do grão, o teor de matéria seca e a ingestão de água. Às vezes, um ajuste simples evita perda de desempenho ou até problemas de saúde no lote.

Conclusão

Observar as fezes virou parte da nossa rotina. Não substitui uma análise técnica mais aprofundada, claro, mas é um termômetro valioso e imediato. No confinamento, onde cada ganho de carcaça conta, toda informação prática que ajude a ajustar o manejo faz diferença no resultado final.

Você já observou as fezes dos bois no confinamento?

Pode parecer detalhe, mas elas dizem MUITO sobre a dieta!

Aqui na fazenda, virou hábito.

Uma passada rápida pelos currais já mostra se a dieta tá no ponto ou se precisa ajuste.

👀 Fique de olho:

  • Fezes líquidas? Pode ser excesso de concentrado ou falta de fibra boa.
  • Muito secas? Pode ter pouca água ou volumoso de má qualidade.
  • Grãos inteiros nas fezes? O boi não tá aproveitando o alimento — prejuízo certo!
  • Cheiro muito forte ou ácido? Sinal de fermentação desregulada.

🏆 Dica de ouro:

  • Fezes diferentes = rúmen desbalanceado = desempenho caindo!

Não precisa esperar o problema aparecer no ganho de peso. O curral já mostra os primeiros sinais.

A nutrição começa no cocho… mas termina no curral.

Olho vivo!

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