Oferta de animais no primeiro semestre de 2018 pode aumentar

Com os animais que ficaram fora do confinamento em 2017 e um descarte maior de fêmeas em função da queda no preço dos bezerros, expectativa é de oferta maior para o primeiro semestre de 2018.

O mercado do boi gordo vive uma pressão negativa para a arroba em São Paulo, que teve sua terceira queda consecutiva e está estabelecida em R$146 à vista e livre de Funrural, segundo a Scot Consultoria.

Hyberville Neto, analista de mercado da Scot Consultoria, disse que a segunda quinzena, tradicionalmente, tem uma menor movimentação, já que os frigoríficos já haviam adiantado suas programações, bem como o varejo. Os pecuaristas também diminuem a oferta neste período.

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As quedas registradas, contudo, foram de R$0,50, cada – demonstrando que, embora haja uma mudança, não há também um derretimento do mercado. Para os próximos dias, alguns frigoríficos podem aproveitar para garantir o início da programação de 2018, já que, do lado da oferta, as vendas podem demorar para voltar a ocorrer neste início. Contudo, o cenário, em geral, “deve ser parado, sem grandes alterações”, constata o analista.

O início de 2018 também poderá ter uma concentração de oferta em meados de janeiro e fevereiro, já que o atraso das chuvas também deve atrasar a saída de bois. Ainda há animais a serem terminados em confinamento que também podem aparecer no início de ano.

Esse fator pode ser amenizado por uma expectativa de uma melhor demanda em função da economia, mas o primeiro semestre tem, tipicamente, uma demanda mais fraca. Logo, Neto acredita que não seja um momento para aguardar preços expressivos.

Ele destaca que os produtores, dependendo de suas necessidades, podem passar a considerar o mercado futuro, que gira em R$148/@ para maio/2018 atualmente.

Do lado das exportações, os números têm sido positivos e a tendência é que em 2018 hajam maiores volumes do que os observados em 2017.

Por: Aleksander Horta e Izadora Pimenta
Fonte: Notícias Agrícolas

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