Operação conjunta apreende 39 mil litros de defensivos ilegais no Porto de Itapoá

Paraquate e Endossulfam apreendidos na operação foram proibidos no Brasil em decorrência de reavaliação toxicológica realizada pela Anvisa

Uma importação ilegal de defensivos contendo os ingredientes ativos paraquate e endossulfam foi interceptada na última quarta-feira (06), no porto de Itapoá (SC), após diligências fiscais e policiais preliminares realizadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Receita Federal e Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Foi utilizado pelos auditores fiscais o espectrômetro portátil para analisar as amostras de defensivos com origem suspeita – Fotos: Divulgação/Mapa

Ao todo foram apreendidos 20 mil litros de paraquate e 19 mil litros do defensivos contendo endossulfam acondicionados em contêineres e disfarçados como outra mercadoria importada. Essa foi uma das maiores apreensões já realizadas no Brasil por via marítima, que não é uma rota comum neste tipo de ilegalidade. O valor aproximado dos produtos apreendidos soma R$ 4 milhões.

O paraquate foi proibido no Brasil em setembro de 2020 e o endossulfam em agosto de 2014, em decorrência de reavaliação toxicológica realizada pela Anvisa.

Pela primeira vez neste tipo de operação, o Mapa utilizou o espectrômetro portátil com tecnologia de espectroscopia no infravermelho com transformador de Fourier (FTIR), que em poucos minutos possibilitou que os Auditores Fiscais Federais Agropecuários tivessem o resultado preliminar sobre as amostras de defensivos com origem suspeita.

O equipamento faz parte do projeto SITRAR – Sistema de Triagem Rápida de Defensivos e Resíduos, que está sendo uma importante ferramenta de apoio ao trabalho da fiscalização agropecuária federal e ambiental e das forças policiais no combate à importação, fabricação, transporte, comércio e uso de defensivos ilegais.

Os defensivos ilegais, sem registro no Mapa, falsificados e contrabandeados, constituem risco para a agropecuária, pela ausência de procedência e eficácia do produto para o controle e combate às pragas; risco a saúde, pela exposição a ingredientes ativos e componentes desconhecidos, tanto dos usuários, durante a aplicação do produto, como dos consumidores de alimentos; e risco ao meio ambiente, pela exposição de organismos, fauna e flora às substâncias químicas ambientalmente importantes, que podem causar mortes ou danos graves ao equilíbrio ambiental.

Fonte: Mapa

Siga o Compre Rural no Google News e acompanhe nossos destaques.
LEIA TAMBÉM