Pará destaca-se com cidades poderosas no agronegócio

Pará tem 7 municípios entre os mais poderosos da agropecuária no país, juntas elas geram R$ 3,68 bilhões segundo o IBGE.

Ulianópolis, São Félix do Xingu, Santarém, Curralinho, Acará, Paragominas e Cametá estrelam o ranking dos 100 municípios mais importantes para a geração de riquezas saídas do campo brasileiro. As informações são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou ontem o levantamento anual do Produto Interno Bruto (PIB) para cada um dos 5.570 municípios do país com referência ao ano de 2016.

Segundo o Blog do Zé Dudu, as informações que foram buscadas para descobrir o que esses municípios têm para fazerem parte da principal fileira da economia rural, embora alguns deles — como São Félix do Xingu e Paragominas — sejam velhos conhecidos da literatura agrária no mapa nacional. Juntos, os sete geram divisas fiscais da ordem de R$ 3,68 bilhões, o correspondente a 21,5% dos R$ 17,17 bilhões movimentados pelo Pará no agronegócio.

As informações aqui divulgadas são, do ponto de vista econômico, úteis no implementação de políticas públicas que visem ao combate das desigualdades municipais dentro de um estado extremamente desigual. Inclusive, consubstanciam a nova tipologia da Política Nacional de Desenvolvimento Regional, uma das ações do ex-ministro da Integração Nacional — hoje governador eleito do Pará —, Helder Barbalho, que rearranjou os 5.570 municípios brasileiros, no âmbito socioeconômico, com a finalidade de implementar políticas mirando especificidades regionais.

Os sete municípios mais poderosos da agropecuária paraense, do ponto de vista da geração de valor, são considerados desde economias de baixa renda até lugares estagnados.

Ulianópolis

Com aproximadamente 58 mil habitantes, Ulianópolis gera R$ 800 milhões no campo e é o 15º principal município brasileiro na agropecuária, desbancando potências como Uberaba (MG) e Lucas do Rio Verde (MT). O município é grande produtor de cana-de-açúcar, milho e arroz, bem como é uma das maiores potências da soja no estado.

São Félix do Xingu

Considerado o “rei do gado” no Brasil, o município de 125 mil habitantes é detentor do maior rebanho bovino nacional, com 2,24 milhões de cabeças. Tudo isso e mais uma produção ativa de leite, mandioca, milho, banana e cacau destacam-no como a 24ª praça agropecuária mais notável do país, com movimento de R$ 646,5 milhões.

Santarém

A capital regional do oeste paraense, com 303 mil habitantes, não é apenas conhecida por ser uma cidade “grande” do interior paraense e pelas belezas naturais. Santarém, a “Pérola do Tapajós”, é o 30º município com os campos mais fartos de riqueza no Brasil e de onde brotam, anualmente, R$ 610,8 milhões saídos de commodities como mandioca, soja, porcos, galinhas e ovos caipiras.

Curralinho

Um dos municípios socialmente mais pobres do país é, por outro lado, o 56º que mais produz riquezas no setor agropecuário, tendo gerado R$ 448,3 milhões em 2016. Curralinho, de 34 mil habitantes, é produtor de açaí, palmito e tambaqui comercial, produtos bastante apreciados no Brasil e no exterior. Seu desafio é transformar tanta riqueza em progresso social.

Acará

O município de Acará é o 58º do país na produção de riquezas agropecuárias, com operações totais de R$ 441,3 milhões. O açaí é o carro-chefe da economia desse que também é um grande produtor de coco-da-baía, dendê e pimenta-do-reino, os quais enchem sua cesta de delícias da terra. Assim como Curralinho, Acará tem no combate à pobreza o maior desafio.

Paragominas

Com 112 mil habitantes, Paragominas ainda hoje luta por lugar ao sol na economia nacional. É capital teórica da maior fronteira agrícola da Região Norte, por onde a soja avança, e o que mais produz essa commodity no estado. Sua produção de pescado é a maior do Pará e seu rebanho bovino alcança 302 mil cabeças. Grande produtor de leite e mel, Paragominas movimenta R$ 372 milhões no campo e é o 80º no ranking.

Cametá

Um dos maiores produtores de açaí do país e grande produtor de mandioca, pimenta-do-reino e cacau, Cametá, de 136 mil habitantes, retira do campo a maior parte das riquezas que movem sua economia. Em 2016, a agropecuária cametaense operou R$ 361,3 milhões e foi a 91ª mais rentável do país. O município é titular do 2º maior rebanho suíno do Pará, com 28,5 mil cabeças.

Com informações do Blog do Zé Dudu

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