Parasitos x bovinos: competição desigual

“Durante esse estágio de vida, os animais ainda se encontram com o sistema imune em desenvolvimento, sendo esta fase de vida, um momento crítico…” Confira mais

O título deste texto pode causar estranheza para que o lê, mas é exatamente isso que ocorre entre os bovinos e os parasitos, principalmente os endoparasitos que são aqueles que infestam os animais no interior do seu organismo, como os parasitos gastrointestinais e pulmonares.

Esta competição é desigual, pois os bovinos são quem ingerem os nutrientes, os metabolizam e os parasitos somente se aproveitam dos nutrientes, além de causarem prejuízos aos animais.

Dentre todas as categorias dentro da bovinocultura, os animais que mais sofrem são os de recria, ou seja, animais jovens em crescimento.

A recria é o período em que os bezerros estão se desenvolvendo, do desmame até o momento em que atingem a maturidade. Durante esse estágio de vida, os animais ainda se encontram com o sistema imune em desenvolvimento, sendo esta fase de vida, um momento crítico. A transferência de imunidade materna, o amadurecimento do sistema imunológico inato e adaptativo, a exposição a estímulos e os desafios de saúde são pontos positivos para o fortalecimento gradual da capacidade dos bezerros de combater doenças ao longo de suas vidas.

Desta forma, os animais nesta fase de vida são mais susceptíveis a maiores infestações e prejuízos ocasionados pela parasitose gastrointestinal e pulmonar. Quando pensamos nos parasitos gastrointestinais, na sua maior parte nematóides, o prejuízo que estes causam nos animais está associado a redução no ganho de peso devido a competição por nutrientes, retardo no crescimento, devido a diminuição na oferta de nutrientes, anemia e fraqueza devido muitas vezes a perda de sangue, baixa condição corporal e queda da resistência imunológica devido a menor oferta de nutrientes para o organismo e mesmo diarreia e desidratação.

Já os parasitos pulmonares podem ocasionar tosse e dificuldade respiratória, redução na capacidade de exercício, diminuição na eficiência alimentar devido a uma maior demanda energética para a respiração, estresse e diminuição no bem estar, susceptibilidade a infecções secundárias e desvalorização econômica.

Desta forma, a melhor maneira de se evitar todos estes prejuízos é a utilização de antiparasitários de forma estratégica, sabendo-se os momentos que mais são apropriados para fazer o uso de produtos que combatam e controlem a população destes parasitos.

Como é sabido, estes parasitos tem um ciclo de vida que dependem do animal hospedeiro, mas também dependem do meio ambiente. Os parasitos gastrointestinais adultos, infestam o trato digestório dos animais e depositam seus ovos no conteúdo gastrointestinal, sendo que estes ovos eclodirão no bolo fecal dos animais contaminados. Por sua vez, as larvas contaminarão as pastagens e serão ingeridas pelos animais juntamente com as pastagens e assim há a recontaminação deste e de outros animais e assim continua-se o ciclo de vida destes parasitos.

As fêmeas de parasitos pulmonares oviposturam e após a postura, as larvas conhecidas como “L1” são liberadas nas vias respiratórias (brônquios e bronquíolos) e em seguida migrarão até a região da traqueia, onde serão expelidas pela tosse ou deglutidas e eliminadas nas fezes, contaminando também as pastagens e infestando outros animais.

É sabido que o melhor momento para a fase de vida dos parasitos no meio ambiente é quando existem temperatura e umidade favoráveis para a sobrevida destes, sendo que temperaturas entre 18 e 28ºC e umidade do ar acima de 60% favorecem o desenvolvimento dos estádios de vida livre. Temperaturas muito altas fazem com que as larvas se tornem superativas e esgotem as suas reservas energéticas rapidamente e em temperaturas mais baixas, as larvas tornam-se mais lentas, reduzindo o seu metabolismo e favorecendo a sua sobrevivência. Desta forma, no período chuvoso é quando há maior precipitação pluviométrica, maior umidade e temperaturas favoráveis, que tendem a aumentar a infestação das pastagens.

Desta forma, o ideal é que no início do período chuvoso ou final do período de seca, utilize-se antiparasitários que tenham ação sobre estes parasitos para que desta forma, diminua-se a reinfestação das pastagens e consequentemente dos animais, minimizando as perdas que estes parasitos podem causar para os animais.

E a Matsuda tem dentro da sua linha saúde animal, produtos que podem ser utilizados para o controle e combate destes parasitos, como o endectocida Endomec, uma ivermectina de longa ação com concentração de 4%, que além de ter ação sobre os parasitos gastrointestinais e pulmonares, também auxiliará no controle de parasitos externos.

Ainda, dentro de sua linha saúde animal existem os endectocidas Ivermectina 1% Matsuda, Abamectina 1% Matsuda e o anti-helmíntico Albendazole Matsuda, sendo que a escolha de qual produto utilizar deve ficar a critério do médico veterinário que assiste a propriedade.

Lembrem sempre, a Matsuda está sempre junto aos produtores para a melhoria da produtividade animal.

Marco Antonio Finardi, é médico veterinário, formado pela Unoeste, Universidade do Oeste Paulista e Mestre em Ciência Animal pela UEL – Universidade Estadual de Londrina.

Escrito por: Méd. Vet. Marco Finardi

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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Juliana Freire sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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