
Detentor do maior rebanho de bovinos do Brasil com 34,4 milhões de cabeças, não só desempenha um papel vital na economia brasileira, mas também tem um impacto significativo na segurança alimentar global
Mato Grosso, que ostenta o título de detentor do maior rebanho de bovinos do Brasil com 34,4 milhões de cabeças, não só desempenha um papel vital na economia brasileira, mas também tem um impacto significativo na segurança alimentar global. Este estado, por si só, é responsável por alimentar aproximadamente 20 milhões de pessoas anualmente, tanto no Brasil quanto no exterior. Em 2022, as receitas provenientes das exportações de carne bovina alcançaram a impressionante marca de US$ 3 bilhões, solidificando a posição de Mato Grosso como o principal exportador de proteína vermelha do país.
Segundo dados fornecidos pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), os 20 milhões de indivíduos que se beneficiam da carne bovina produzida em Mato Grosso representam cerca de 10% da população total do Brasil. Para colocar esse feito em perspectiva, este número é sete vezes maior que a própria população de Mato Grosso, que, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é estimada em pouco mais de 3,6 milhões de habitantes.
O método utilizado para chegar a essa conclusão é intrigante. O Centro de Dados Econômicos de Mato Grosso (DataHub MT), ligado à Sedec, desenvolveu um cálculo que converte o volume de carne exportada em um equivalente em grãos.
Esse método de conversão revelou que Mato Grosso exporta uma média equivalente a 6,8 milhões de toneladas em grãos. Esta contribuição significativa realça a importância de Mato Grosso não apenas como uma potência agrícola nacional, mas também como um ator de destaque no cenário agroindustrial global.
Atualmente, a produção mato-grossense, além de contribuir para o abastecimento brasileiro, fornece alimentos para diversos países.
Nilton Mesquita, gerente de relações institucionais da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), enfatiza a contribuição significativa das exportações para a expansão e fortalecimento da pecuária mato-grossense. Segundo ele, dado que a produção local muitas vezes supera a demanda doméstica, a capacidade de vender o excedente para mercados internacionais torna-se crucial.
No primeiro semestre de 2023, Mato Grosso enviou 275,73 mil toneladas em equivalente de carcaça (TEC) de carne bovina para outros países, conforme dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). O volume é 2,25% maior que no mesmo período de 2022. Isso corresponde ao maior volume exportado na série histórica da proteína vermelha.
E quem tem grande relevância neste papel é o mercado chinês, que continua na liderança sendo responsável por 56,90% desse total.

O mercado externo
As exportações renderam US$ 3 bilhões à economia local em 2022, segundo a Sedec. Elas chegaram a 83 destinos mundo afora, de acordo com o Ministério da Agricultura. No mercado externo, o maior cliente é a China. Os embarques ao mercado chinês somaram quase US$ 2 bilhões no período — ou seja: por volta de 70% das receitas estaduais com exportações do setor.
“A alta da exportação e o rebanho de grande porte presente em Mato Grosso, economicamente atrai geração de empregos, rendas e outras benfeitorias”, disse César Miranda, responsável pela Sedec. “A carne de Mato Grosso possui certificado e faz parte da economia verde.”
A Sedec estima que as exportações de carne bovina de Mato Grosso cresceram 220% nos últimos dez anos. Pelas estimas do órgão, os embarques devem ter um aumento médio de 11% a cada ano, podendo chegar a marca de US$ 3,7 bilhões. De acordo com as projeções oficiais, o rebanho local deve atingir 36 milhões de cabeças em 2026.
“Esta dinâmica de exportação não fornece apenas uma entrada valiosa de divisões para o país, mas também agrega valor à cadeia produtiva”, destaca Mesquita. Além disso, ele aponta que os benefícios vão além dos lucros imediatos. A demanda externa robusta incentiva o aumento da produção e a melhoria da produtividade no setor. Consequentemente, isso impulsiona o desenvolvimento econômico, criando mais empregos, aumentando as rendas e proporcionando melhores condições de trabalho e de vida para os envolvidos na pecuária.
E Mesquita ressalta: “Esses benefícios não são exclusivos para o setor pecuário, eles reverberam positivamente em toda a sociedade, contribuindo para o bem-estar econômico e social de Mato Grosso e do Brasil como um todo.”
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