Pecuária leiteira: Qual a importância dos indicadores reprodutivos?

Diversos indicadores reprodutivos são utilizados para monitorar o rebanho leiteiro; veja quais são cruciais para o bom desempenho das vacas leiteiras

Por Alexandre Scarpa e Tiago Ferreira* – Diversos indicadores reprodutivos são utilizados para monitorar o desempenho reprodutivo de rebanhos leiteiros. Alguns indicadores são o intervalo entre partos, dias até a primeira inseminação e dias até a concepção. A desvantagem desses indicadores é que eles só podem ser calculados para animais que tiveram inseminação e/ou ficaram prenhas. Vacas que não foram inseminadas ou que não ficaram gestantes não são incluídas nesses tipos de indicadores e, portanto, não são totalmente representativas do status reprodutivo de um rebanho leiteiro.

O PEV (Período de Voluntário de Espera) é o período que vai do parto até a liberação da vaca para receber um serviço, quando estiver apta para reprodução. Esse período pode ser decidido com antecedência pela estratégia de manejo da fazenda, o qual pode variar de acordo com a época do ano, raça e produção dos animais.

A maioria dos indicadores não considera as diferentes estratégias de manejo aplicadas ao nível da fazenda, como o período de espera voluntária do rebanho (PEV). Este problema pode ser atenuado, medindo a taxa de prenhez, índice que indica a proporção de vacas prenhas em um intervalo específico de tempo – a cada 21 dias, onde são capazes de medir a velocidade em que os animais ficam gestantes na propriedade, sendo que este índice só leva em consideração, para efeito de conta, animais que já saíram do período de espera voluntário.

A taxa de prenhez é um índice para se avaliar a velocidade com a qual se consegue emprenhar as vacas dentro de um rebanho leiteiro. Está diretamente relacionado à taxa de serviço e à taxa de concepção, ou seja, é a porcentagem de vacas inseminadas em relação ao total de vacas aptas em um período de 21 dias.

Portanto, fazendas que possuem uma alta taxa de serviço e regular (com boa rotina reprodutiva), sendo um dos índices que mais interfere para uma boa eficiência reprodutiva, seria a taxa de concepção no primeiro serviço. O principal objetivo é o alcance do maior número de vacas prenhas, tendo como meta obter 55% de concepção no primeiro serviço (apesar de ousada, é totalmente atingível). Para os demais serviços, a tendência seria ir reduzindo a taxa de concepção, onde as vacas “mais férteis” ficariam gestantes primeiro.

Outro fator que interfere na eficiência reprodutiva é o aborto, uma causa importante de perdas econômicas em rebanhos, pois, se o animal que abortar voltar a ficar gestante, ficará com DEL (dias em lactação) e intervalo entre partos elevados, reduzindo sua produção por dias em lactação.

A eficiência reprodutiva é a habilidade de fazer a vaca ficar gestante o mais rápido possível, após o período voluntário de espera, e levar essa gestação até o próximo parto. Uma reprodução eficiente amplia a lucratividade tanto por aumentar a eficiência na produção de leite, como por crescer o número de bezerras e novilhas para venda, gerando mais receita para a fazenda.

O levantamento do Concept Plus Leite possui mais de 564 fazendas no banco de dados e pode dar referencias nacionais de números reprodutivos a serem perseguidos:

levantamento do Concept Plus Leite
Fonte: Alta Genetics

Alexandre Scarpa, técnico de Leite da Alta, e Tiago Ferreira, gerente técnico de Leite da Alta.

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