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Pecuária na prática exige raça adaptada e com índices que tragam resultados

Santa Gertrudis, presente há 70 anos no Brasil, demonstra resultados importantes em programas de avaliação genética

Desde 1995, a raça Santa Gertrudis participa de programas de melhoramento genético e atualmente em parceria com a Embrapa/Geneplus mais de 30 mil animais compõe o sumário da raça. Na última edição do sumário, índices como área de olho de lombo (AOL), marmoreio e conformação frigorifica foram incluídos para avaliação, um grande avanço para o desenvolvimento genético da raça.

“Existe uma proposta clara para o uso do Santa no sistema de produção de carne no Brasil, essa proposta consiste no uso dessa raça no formato de cruzamento industrial para produção a campo, agregando em produtividade e qualidade de carne em relação a base de matrizes zebuínas ou cruzadas. Uma vez que a raça entrega o que promete, é o “mercado” quem acaba reconhecendo que o Santa Gertrudis oferece uma boa opção, para o pecuarista que quer ser mais eficiente, isso faz com que a raça se consolide porque há um mercado consumidor para essa genética”, explica o pesquisador do Geneplus, Maury Dorta.

Na última edição do sumário um dos destaques para as fêmeas foi índice de idade ao primeiro parto, que indicam o potencial do animal para produzir filhas cujo primeiro parto seja mais ou menos precoce.

O técnico da Associação Brasileira do Santa Gertrudis (ABSG), Anderson Fernandes, explica que no caso da idade ao primeiro parto, quanto mais negativa for a DEP melhor, ou seja, menor será a idade ao primeiro parto de suas filhas.

“No comparativo histórico dos últimos dez anos de avaliações dos animais dentro do programa EMBRAPA/Geneplus, a raça teve um avanço significativo na idade ao primeiro parto, ou seja, são fêmeas que emprenham cedo e que diminuem o ciclo reprodutivo dentro da porteira”, enfatiza Anderson.

Outro índice visto como bastante importância dentro do programa é o peso ao sobreano, uma característica que demonstra a capacidade do animal ter precocidade no ganho de peso. Os animais líderes para essa característica imprimem mais de duas arrobas do que a média da população avaliada.

“É o que todo pecuarista que entrega boi para o abate busca, que o animal ganhe peso mais cedo e que no gancho isso se traduza em quantidade de carne, isso significa o quanto a raça pode desenvolver dentro da propriedade e trazer rentabilidade ao produtor”, pontua.

Outro destaque para raça está na qualidade da carne produzida. Maury Dorta explica que esse fator tem origem na sua formação a partir do Shorthorn, que é uma raça taurina britânica.
“Sabemos que a qualidade de carne das raças desse grupo é diferenciada, dessa forma, o criador que utiliza o Santa Gertrudis no cruzamento ganha um bônus, porque tem o ganho em desempenho, que é o produto principal, mas também ganha em qualidade de carne e isso tem se tornado um item cada vez mais importante no mercado de carne, tanto interno quanto externo”, finaliza o pesquisador.

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Fazendas União do Brasil / Foto: Marcio Peruchi

A raça no holofote internacional

E para comemorar os 70 anos da chegada da raça no Brasil, a Associação Brasileira de Santa Gertrudis realizará entre novembro e dezembro deste ano o Congresso Mundial da raça, um evento que acontece a cada dois anos sendo cada edição em um país sede, o evento reunirá criadores da raça presentes em todo mundo, com palestras e muita troca de informações, passando por 4 estados do território brasileiro.

“Será um momento de mostrarmos ao pecuarista as características do Santa que trazem resultados porteira a dentro, o porque da raça estar presente a tanto tempo no Brasil e no mundo, sua consolidação e mais ainda, o que ela ainda pode agregar na pecuária brasileira”, destaca o presidente da Associação, Gustavo Barreto.

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