Pecuária Orgânica abate 78.337 bovinos, novo recorde

No último ano a área certificada para esses sistemas de produção, orgânico e sustentável no Pantanal, avançou em 54,7%, passando de 713.612 hectares, para 1.103.712 hectares.

Os pecuaristas sul-mato-grossenses associados à Associação Pantaneira de Pecuária Orgânica e Sustentável (ABPO), bateram novo recorde de abates em 2022, chegando ao volume de 78.337 cabeças destinadas aos frigoríficos.

O volume representa 87,55% a mais do que o abatido em 2021. E o programa do Governo do Estado de MS, que diminui o ICMS daqueles produzidos que optam por esses sistemas de produção, orgânicos ou sustentáveis, no Pantanal, totalizou R$ 9,1 milhões em bonificações aos pecuaristas, segundo a Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc).

“O volume crescente de abates representa que a classe produtora está cada vez mais engajada em produzir de forma estratégica e consciente. Já os recursos gerados, via débito do ICMS, deixam claro que políticas públicas eficientes, geram resultados práticos, como a maior produção de proteínas com origem certificada, por meio de um modelo rígido de produção. Esse modelo respeita não só o meio ambiente e as questões sociais, mas também o bolso do empresário rural” , pontua o presidente da ABPO, Eduardo Cruzetta.

De 2021 para 2022 a área certificada para esses sistemas de produção, orgânico e sustentável no Pantanal, avançou em 54,7%, passando de 713.612 hectares, para 1.103.712 hectares. Já o número de associados à ABPO, que administram essas áreas chegou a 96, saindo de um total de 38 associados, no período de um ano.

Segundo a Semadesc, o avanço dos abates tem relação direta com o Programa Carne Sustentável do Pantanal e à adesão do produtores ao programa, que oferece desconto de ICMS de 50% à produção sustentável e 67% pescas que optam pelo modelo de produção orgânico. Uma das ações que vai ao encontro da meta de tornar MS carbono neutro, até 2030.

O secretário da Semadesc, Jaime Verruck, elogiou a atuação da ABPO. “É louvável o bom trabalho que a diretoria da ABPO vem fazendo e atraindo um maior número de produtores para a associação. Este crescimento resulta em avanços no programa, e aponta que estamos no caminho certo de obter uma pecuária sustentável, de baixo carbono, para assim, em 2030, atingirmos a meta de Carbono neutro para MS” , enfatizou.

Para o secretário-executivo de Desenvolvimento Econômico e Sustentável Rogério Beretta (Semadesc), o resultado mostra uma sintonia entre governo e ABPO.

“Estes números comprovam a integração e sintonia que existe entre a Associação dos produtores e o Governo do Estado que, juntos, trabalham na criação do protocolo da carne sustentável do Pantanal. O protocolo trouxe conceitos modernos de sustentabilidade, que atendem tanto o interesse dos produtores como do Estado em garantir uma produção sustentável na pecuária pantaneira” , citou.

Já o diretor executivo da ABPO, Silvio Balduíno, lembra que neste formato de valorização da pecuária, ganha o consumidor, o produtor rural, o meio ambiente e a sociedade.

“Trabalhamos pela valorização desses pecuaristas, que têm aderido ao sistema sustentável de produção em diversos biomas, um exemplo do que acontece no Pantanal de Mato Grosso do Sul. Toda iniciativa que tem por finalidade a criação sustentável, e conquistou os profissionais envolvidos, gerando um produto que carregue valores ao consumidor, merece destaque no mercado. Este é um caminho sem volta” , finaliza.

Fonte: Ascom ABPO

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