Pecuarista ganhando até R$ 10 a mais por arroba, confira!

Arroba a R$ 200 finca-pé em São Paulo; Mercado tende a recuar, mas até agora as exportações firmes seguram as cotações em várias praças de comércio. Confira quais são elas!

Seguindo a tendência observada ao longo da semana, o mercado físico do boi gordo registrou maior fluxo de negócios nesta quarta-feira, 6 de maio, informam as consultorias ligadas ao setor. Dois fatores motivam essa maior procura por boiadas.

O primeiro é a aproximação do feriado de dia das mães, situação que incentivou o aumento dos estoques de cortes bovinos para reposição das gôndolas nos supermercados, segundo relatos da Informa Economics FNP. Outro motivo é a necessidade das indústrias em atender prontamente a crescente demanda internacional pela carne bovina brasileira, que tem a China como maior cliente, responsável por um terço da receita obtida com os embarques da proteína em 2019.

Segundo o app da Agrobrazil

No app da Agrobrazil, pecuaristas começam a se movimentar com a chegada do período seco, mas ainda temos uma certa “estabilidade” nos preços. Confira os negócios informados ontem e o fechamento médio do dia para o preço da arroba.

No mercado interno, em Pompeia/SP, o preço é de R$ 200/@ a prazo com 8 dias e abate para o dia 18 de maio. Em Nova Mutum/MT, o valor foi de R$ 175/@ a prazo com 20 dias e abate para o dia 16 de maio. Já em Miranda/MS foi de R$ 182/@ a prazo com 15 dias e abate para o dia 13 de maio.

O Boi China em Teodoro Sampaio/SP, o pecuarista recebeu R$ 200 à vista e abate para o dia 11 de maio. Já em Auriflama/SP, ficou em R$ 200/@ à vista e abate para o dia 30 de maio.

A média na praça de São Paulo, segundo o app da Agrobrazil, tivemos uma queda de 1,67%, fechando o dia em R$ 195,77/@. A praça de São Paulo teve uma variação de R$ 191 a R$ 200. Já o Indicador do Cepea, teve uma queda de 1,94% fechando o dia em R$ 199,95/@.

Esse aumento de interesse da indústria frigorífica tem coincidido com a maior necessidade de venda do pecuarista, devido à chegada do período seco, sobretudo na região Centro-Sul, que vem registrando um quadro de piora na qualidade dos pastos.

“No curto prazo, a redução da capacidade de retenção dos pecuaristas deve fazer com que cresça a oferta de animais terminados no mercado, fator que pode intensificar uma pressão baixista na arroba, típica do período”, observa a FNP.

No entanto, pelo menos até agora, os preços do boi gordo continuam firmes, sobretudo nas regiões exportadoras, onde os frigoríficos pagam prêmios mais altos pelos animais que atendem os requisitos para o embarque ao exterior.

Nos Estados do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul, por exemplo, há uma menor procura por vacas, mas um maior interesses dos compradores por machos e novilhas, justamente as categorias que atendem requisitos para exportação. No MS, de acordo com a FNP, há uma forte atuação de frigoríficos exportadores paulistas, favorecidos pelo aquecimento da demanda internacional pela carne bovina.

Giro pelas demais praças

Em São Paulo, o boi gordo seguiu firme e estável nesta quarta-feira, a R$ 200, a prazo, segundo dados da FNP.

Em Goiás, com o predomínio do tempo seco e sem registro de chuvas, se observa um aumentado na disposição dos pecuaristas em liquidar o gado terminado, já que não encontram boa disponibilidade de massa verde nos pastos. A cotação do boi teve leve ajuste negativo nas praças de Goiás.

Em Minas Gerais, o preço da vaca caiu em função do aumento na disponibilidade de fêmeas no mercado. No estado, após concluir a reposição de animais para o ciclo de confinamento, alguns produtores já iniciam um maior descarte de fêmeas, informa a FNP.

No Norte do País, os preços da boiada gorda tem se mantido firmes. No Tocantins, com pastos em boa qualidade, a oferta de animais segue restrita e o valor da vaca registrou ajuste positivo.

No Pará, além do consistente nível de chuvas, a arroba do gado terminado também tem se valorizado pela atuação ativa de frigoríficos exportadores.

No atacado

A cotação dos principais cortes bovinos no atacado se manteve firme e inalterada.

O aparente aumento do consumo de carne no País ainda não se mostra suficiente para ajustes expressivos dos preços da carne bovina, já que, com a permanência da quarentena nos grandes centros urbanos e expectativas de recessão econômica, prevalece, no curto prazo, grande incerteza acerca da demanda pelo produto.

Compre Rural com informações da FNP, Agrifatto e Agrobrazil

Siga o Compre Rural no Google News e acompanhe nossos destaques.
LEIA TAMBÉM