A crescente oferta de animais prontos para o abate, faz com que os preços da arroba derretam, enquanto a indústria lucra mais; Nesse cenário, o pecuarista perdeu R$ 32.050,00/boi.
O mercado físico do boi gordo fechou mais uma semana com preços enfraquecidos. O volume de animais ofertados é o grande elemento de pressão – tem boi “saindo pelo ladrão”, considerando a menor capacidade de retenção em meio ao desgaste das pastagens. Soma-se a isso o grande descarte de matrizes em um momento de menor atratividade da reposição, segundo informações da Consultoria Safras & Mercado.
De acordo com Iglesias, o mercado do boi segue pressionado, com oferta de animais prontos para o abate, principalmente no Centro-Norte, o que faz com que os preços da arroba derretam. Nesse ambiente, é natural que os frigoríficos desfrutem de uma posição confortável em suas escalas de abate.
Giro do Boi Gordo pelo Brasil
- São Paulo (SP): R$ 251
- Dourados (MS): R$ 238
- Cuiabá (MT): R$ 227
- Goiânia (GO): R$ 225
- Uberaba (MG): R$ 235
Depois de recuar R$ 10/@ ao longo desta semana, o preço do boi gordo paulista fechou a sexta-feira (26/5) com estabilidade, cotado em R$ 250/@, no prazo, valor bruto, informa a Scot Consultoria. As cotações da vaca e da novilha gordas também não sofreram alteração neste último dia da semana, ficando em R$ 230 e R$ 245/@, respectivamente, (preços brutos e a prazo).
A cotação do “boi-China” (abatido mais jovem, com até 30 meses) continua valendo R$ 255/@ na praça de São Paulo, acrescenta a Scot.
Segundo o CEPEA – Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, as cotações do boi gordo para abate e dos animais de reposição (bezerro entre 8 e 12 meses) estão em queda neste mês de maio. Os valores atingiram o pior patamar de preços dos últimos 30 dias. Os preços fecharam a semana cotados a R$ 253,30/@ na média, preço esse que representa uma queda de R$ 32,05/@ na receita do pecuarista.
Uma projeção simples, levando em conta uma média de peso dos animais no abate de 20@, o pecuarista deixou de ganhar cerca de R$ 641,00 por animal. Se considerarmos um lote de confinamento de aproximadamente 50 cabeças, esse pecuarista perdeu R$ 32.050,00. Enquanto isso, a margem das indústrias seguem confortáveis.

Com a elevada oferta de bovinos no mercado, as indústrias frigoríficas estão com as escalas de abates confortáveis.
Ainda segundo dados levantados pelo Cepea, a desvalorização da arroba do boi ocorre de maneira mais intensa que a verificada para a reposição, contexto que resulta em piora na relação de troca ao pecuarista que faz a recria-engorda.
Qual o futuro do mercado?
“Por hora, não há perspectivas de recuperação tão cedo, mas isso deve acontecer para o fim de junho e começo de julho quando a oferta deve estar um pouco mais tímida no mercado, o que vai dificultar na composição das escalas”, comenta Iglesias.
Sob o prisma da demanda de carne bovina, poucas são as alterações, considerando o lento crescimento da demanda no mercado doméstico, somado a queda dos preços médios da carne bovina no mercado internacional, o que influencia nas estratégias da indústria frigorífica, disse o analista Fernando Henrique Iglesias.
Mercado Futuro:
- mai/23: 254,10 / -0,35%
- jun/23: 243,35 / -0,02%
- jul/23: 251,95 / 1,88%
- ago/23: 252,75 / 1,87%
- set/23: 253,80 / 1,74%
- out/23: 253,15 / 2,70%
- nov/23: 253,20 / 2,86%
- dez/23: 255,15 / 2,70%
Exportações para China
O grande destaque do mercado do boi fica para queda no preço médio de exportação.
“Nessa últimas semanas, os preços que os exportadores estão pagando, principalmente a China, tem sido negativos em relação à margem dos frigoríficos. Além disso, o câmbio abaixo dos R$ 5 tem pressionado os frigoríficos que não tem buscado comprar, o que nós temos visto é um cenário ruim, um panorama que deve se manter até meados de junho”, diz Felipe Fabbri, analista de mercado e da cadeia de produção animal na Scot Consultoria.

Preço da carne bovina no atacado
O atacado encerra a semana apresentando preços acomodados para a carne bovina. No entanto, mesmo durante a primeira quinzena do mês há pouco espaço para recuperação dos preços, uma vez que os frigoríficos ainda operam com estoques lotados.
Outro aspecto é que a carne bovina ainda perde em competitividade na comparação com as proteínas concorrentes, em especial se comparado à carne de frango, pontuou Iglesias.
- Quarto traseiro: permanece a R$ 18,40 por quilo
- Quarto dianteiro: segue a R$ 13,70 por quilo
- Ponta de agulha ainda está no patamar de R$ 13,60 por quilo
Por que os EUA “perdem” para o Brasil na quantidade de safras anuais?
Descubra por que a geografia e a tecnologia permitem ao Brasil superar os EUA na quantidade de safras anuais, mudando a economia do agronegócio global
Continue Reading Por que os EUA “perdem” para o Brasil na quantidade de safras anuais?
Mais da metade do café analisado em compras públicas apresenta fraude
Fiscalização identifica excesso de impurezas e matérias estranhas acima do limite legal em mais da metade do café adquiridos por órgãos públicos; apreensões já somam cerca de 40 toneladas em 2025
Continue Reading Mais da metade do café analisado em compras públicas apresenta fraude
Ladrões roubam mais de 120 búfalos em fazenda usando embarcação e rendem funcionários
Crime ocorreu às margens de um rio, no município de Porto de Moz (PA), e reforça a escalada de furtos e roubos de rebanhos na região amazônica; Ladrões roubam mais de 120 búfalos em fazenda usando embarcação
DL Mining launches Christmas Carnival Event: Double Earnings + Extra Cash Rewards, Helping Users Earn $2K Stable Daily Returns
Amid ETH/BTC’s market volatility, DL Mining today officially launched its ETH/BTC/USDT Contract Participation Platform, offering users a simple and efficient way to engage with the ETH/BTC market while enjoying predictable daily returns—without the risks and complexities of direct trading.
Aplicativo gratuito da Embrapa ajuda a planejar barragens no semiárido, o GuardeÁgua
O aplicativo GuardeÁgua está disponível gratuitamente para celulares com sistema Android, na Play Store, e também conta com versão web.
Gado evita área contaminada com plantas daninhas em 72% do tempo, diz estudo dos EUA
Pesquisa realizada no Missouri revela que a presença de invasoras altera o comportamento de pastejo dos bovinos, reduz o aproveitamento da forragem e gera perdas produtivas que vão muito além da queda na taxa de lotação





