Pecuarista vende 18.400 bois para Marfrig; Veja detalhes!

O frigorífico comprou 18.400 cabeças de bois nelore, 4 dentes, com prêmio China, do grupo de Ronaldo Cunha, um dos maiores pecuaristas brasileiros!

Um dos maiores grupos da pecuária de corte brasileira, o Grupo de Ronaldo Cunha, localizado em Mato Grosso, estado esse que possuí o maior número de cabeças de gado, segundo o Beef Report 2022, fez uma das maiores vendas da história e fechou um pacote milionário com a Marfrig. O frigorífico comprou 18.400 cabeças de bois nelore, 4 dentes, com prêmio China!

Ainda segundo as informações divulgadas ontem, 02, pelo Money Times, a indústria frigorífica “não quer comentar, mas seu fornecedor sim“. A venda, realizada em dias anteriores, está trazendo um grande desafio para para a região que, devido ao tamanho do lote, vem sofrendo com congestionamento das escalas de abate!

O frigorífico comprou 18.400 cabeças de bois nelore, 4 dentes, com prêmio China, do grupo de Ronaldo Cunha, um dos maiores pecuaristas brasileiros, com propriedades em vários estados, que confirmou a operação do Mato Grosso. Essa é, com certeza, uma grande negociação envolvendo essa categoria e, segundo alguns analistas, devemos observar cada vez mais esses volumes sendo negociados por grandes empresas do ramo, já que existe um movimento de saída da atividade dos pequenos produtores.

O valor da arroba, segundo informações, teria saído a R$ 318, acima da média atual, inclusive de São Paulo que tem valor de R$ 310,00/@, por conta do grande volume do lote, que está chegando agora às linhas da Marfrig em Pontes e Lacerda e Cuiabá, e congestionando as escalas de abate.

“Infelizmente nesta venda fiz um acordo de confidencialidade de valores devido ao volume de animais e condições”, disse o produtor, apontando que negócio foi feito há cerca de 30 dias. Entretanto, se fizermos um cálculo por cima, considerando um peso médio de 20@ destes animais, teremos um valor de R$ 6.360,00/cab, desta forma, o lote negociado alcançaria um faturamento de R$ 117 milhões.

Mas um importante fornecedor de gado da região Sudoeste, conhecedor da transação, garante aquele valor negociado e que teria sido fechado há menos de duas semanas, portanto já refletindo o período de achatamento dos preços gerais do boi.

Outro detalhe da transação é que os animais estão saindo de semiconfinamento e de pastos. Esse sistema, tem sido muito utilizado pelos pecuaristas deste estado, garantindo não só um menor custo de produção, mas também um melhor retorno em relação a utilização da área.

A família Rodrigues da Cunha já está na quarta geração de pecuaristas. Mas eles trazem mais que arte de criar no sangue, carregam também o olhar criterioso, e a busca pelo melhoramento genético, para produzir carne de qualidade, uma marca da família Rodrigues da Cunha, que fez as seleções de Nelore Mocho e Padrão, estarem sempre entre uma das mais importantes do país.

Marcos Molina aproveita queda de ações da Marfrig e volta a ter 50% da empresa

Depois de investir pesado na rival BRF, o empresário Marcos Molina retomou o controle absoluto na empresa em que fundou décadas atrás, o frigorífico Marfrig. Aproveitando a queda recente das ações da companhia na Bolsa, Molina acaba de ultrapassar novamente a fatia de 50%, por meio da MMS, holding que detém junto com sua esposa, Márcia Marçal dos Santos.

A retomada do controle absoluto por Molina veio depois de um investimento de cerca de R$ 30 milhões em papéis da companhia. Assim, sua participação passou de 49,7% para 50,04%. O frigorífico, apesar da queda recente, vale cerca de R$ 10 bilhões na B3, a Bolsa brasileira.

Há um pouco mais de dois anos, essa fatia estava na casa de 34%, quando o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ainda era sócio da empresa de alimentos. Desde então, o empresário investiu cerca de R$ 1 bilhão na aquisição de papéis da Marfrig. O aumento de posição foi bem visto pelos investidores e a ação subia mais de 5% na tarde desta terça-feira, 31.

Ações em queda

Foi uma boa mudança de direcionamento, já que, neste ano, a queda das ações da Marfrig está em torno de 25%, ao passo que a concorrente Minerva acumula alta de cerca de 35%. A JBS, outra empresa do ramo, cai 2%. Para interlocutores, Molina tem dito que acredita na valorização das ações, sempre lembrando do atual endividamento controlado da empresa.

Apesar disso, as ações da companhia têm sofrido por conta de questionamentos de investidores sobre sua geração de caixa nos Estados Unidos. Em relatório recente, o BTG Pactual, contudo, afirmou que as margens da operação da Marfrig seguem fortes. No ano passado, a Marfrig registrou uma receita líquida de R$ 85,4 bilhões, sendo R$ 62,8 bilhões nos Estados Unidos.

Com o movimento, Molina quer também mitigar dúvidas de investidores de que a Marfig possa ser aos poucos “abandonada”. A empresa já é o maior investidor da dona da Sadia, da qual possui hoje uma participação de 33%. O dono da Marfrig é hoje o presidente do conselho de administração da BRF.

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