Pecuaristas começam a se preparar: Boi gordo vai ter queda assustadora; entenda

O mercado do boi gordo está prestes a enfrentar uma queda nos preços, conforme indicam as análises. Com o cenário que está por vir, é provável que a arroba caia nos próximos meses, representando um desafio para os pecuaristas e o setor como um todo; entenda melhor

O mercado físico do boi gordo no Brasil apresenta uma estabilidade relativa, mas alguns fatores sinalizam possíveis mudanças nos próximos meses. As negociações mantêm um padrão constante na maior parte do país, enquanto os frigoríficos seguem com suas escalas de abate entre sete e dez dias úteis, em média. Entretanto, desafios como o clima seco e as altas temperaturas afetam os pecuaristas, impactando a qualidade do pasto e reduzindo a capacidade de retenção do gado. Consequentemente, causando uma grande queda nos preços da arroba.

De acordo com Fernando Henrique Iglesias, analista da Consultoria Safras & Mercado, é provável que ocorra um avanço na oferta entre os meses de maio e junho, o que pode influenciar as dinâmicas de preço no mercado.

Nesta quinta-feira (2/5), o mercado brasileiro do boi gordo retomou as atividades após o feriado de 1º de maio em “ritmo de segunda-feira”, informa a Scot Consultoria. “Os preços da arroba estão firmes e as escalas de abate dos frigoríficos seguem bem-posicionadas”, acrescenta a Scot.

Segundo Felipe Fabbri, analista da Scot, abril foi um mês de “preços firmes Brasil afora” (para o boi gordo) e, também, no mercado futuro. No entanto, continua o especialista, maio, historicamente, é um mês marcado por preços menores frente aos valores históricos de abril, puxado pela desova de fim de safra – “um ponto de atenção aos pecuaristas”, alerta Fabbri.

Preços do boi gordo:

São Paulo — O “boi comum” vale R$225,00 a arroba. O “boi China”, R$235,00. Média de R$230,00. Vaca a R$205,00. Novilha a R$220,00. Escalas de abates de onze dias;

Minas Gerais — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$220,00. Média de R$215,00. Vaca a R$190,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de onze dias;

Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$220,00 a arroba. O “boi China”, R$230,00. Média de R$225,00. Vaca a R$200,00. Novilha a R$205,00. Escalas de abate de oito dias;

Mato Grosso — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$220,00. Média de R$215,00. Vaca a R$190,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de nove dias;

Tocantins — O “boi comum” vale R$205,00 a arroba. O “boi China”, R$215,00. Média de R$210,00. Vaca a R$185,00. Novilha a R$190,00. Escalas de abate de dez dias;

Pará — O “boi comum” vale R$205,00 a arroba. O “boi China”, R$215,00. Média de R$210,00. Vaca a R$185,00. Novilha a R$190,00. Escalas de abate de doze dias;

Goiás — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$220,00. Média de R$215,00. Vaca a R$190,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de nove dias;

Rondônia — O boi vale R$190,00 a arroba. Vaca a R$175,00. Novilha a R$180,00. Escalas de abate de doze dias;

Maranhão — O boi vale R$210,00 por arroba. Vaca a R$185,00. Novilha a R$185,00. Escalas de abate de onze dias;

Paraná — O boi vale R$225,00 por arroba. Vaca a R$200,00. Novilha a R$205,00. Escalas de abate de oito dias.

O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA) fornece importantes indicadores para acompanhar o mercado do boi gordo. No dia 2 de maio de 2024, o indicador CEPEA/B3 registrou um valor de R$ 231,10 por arroba, com uma variação diária de 0,76%. Essa variação diária é representativa, indicando uma tendência firme nos preços do boi gordo. Comparativamente, o valor em dólares foi de US$ 45,20. Este indicador é uma referência crucial para entender as flutuações no mercado e as tendências de curto prazo.

Atacado

No mercado atacadista, os preços permaneceram estáveis ao longo da semana. O quarto traseiro foi precificado em R$ 17,30 por quilo, enquanto o quarto dianteiro ficou em R$ 13,90 por quilo. Já a ponta de agulha foi cotada a R$ 12,80 por quilo. Esses valores indicam uma manutenção nos preços, sugerindo estabilidade nas negociações do atacado.

Escrito por Compre Rural.

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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Juliana Freire sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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