Peixe vampiro pode penetrar orifícios do corpo humano

O peixe Candiru possui o corpo muito liso, coloração azulada, aspecto luminoso e olhos pequenos. Seus ossos são afiados, com uma série de espinhos.

A Amazônia é o berço da diversidade ecológica não só do Brasil, mas do mundo todo. Veja só o exemplo dos rios de água turva, que ao mesmo tempo podem causar medo e admiração. Afinal, é nesse habitat que moram animais formidáveis como o boto-cor-de-rosa, algumas das maiores cobras do mundo e também uma criatura completamente assustadora: o candiru.

Conhecido popularmente como peixe-vampiro, o Vandellia cirrhosa trata-se de uma espécie distribuída nas bacias Amazônica, do Prata, do São Francisco e do Leste e habita tocas em fundos arenosos ou lamacentos. Entretanto, o que chama atenção sobre o animal é a sua peculiar capacidade de penetrar orifícios do corpo humano.

O candiru faz parte da família Trichomycteridae, a qual também abriga outras 280 espécies. Eles são categorizados como peixes-parasitas que medem de 5 a 12 centímetros. A maior diversidade dessas criaturas pode ser encontrada dentro da Bacia Amazônica. 

O peixe Candiru possui o corpo muito liso, coloração azulada, aspecto luminoso e olhos pequenos. Seus ossos são afiados, com uma série de espinhos em torno da cabeça.

Esse peixe é um parasita: ele perfura as escamas dos peixes ou se aloja em suas guelras, extraindo o sangue ao se fixar no local. Tem forma de enguia e é quase invisível na água. Pode alcançar comprimentos de 2,5 a 18 cm, com corpo muito delgado, com 6 mm de largura.

Além do sangue, outra coisa que atrai muito esses pequenos animais é a urina. O motivo? Esse líquido deixa um rastro grande na água de odor e gosto, o que facilita para que os candirus consigam rastreá-lo em longas distâncias.

Alertas e cuidados

O Candiru é muito temido pelos nativos da região amazônica, pois é atraído pelo fluxo da urina (no caso do banhista nu), penetrando na uretra, no ânus ou na vagina. Quando ele se fixa para sugar o sangue da vítima, abre a parte posterior do corpo, o que dificulta a sua saída. Além disso, suas nadadeiras possuem o formato de um guarda-chuva. Por isso, o Candiru só pode ser retirado por meio de cirurgia.

Crédito: Foto: Reprodução

Para evitar com que acidentes aconteçam envolvendo candirus na Bacia Amazônica, especialistas costumam recomendar uma série de medidas preventivas para os banhistas. Em primeiro lugar, o essencial é não entrar nu na água e realizar suas necessidades naquele local — seja urinar ou defecar.

Para as mulheres, o ideal é evitar entrar nos rios se estiverem menstruadas, uma vez que o sangue é um atrativo para esses peixes. Um candiru hematófoga não tentará furar sua roupa para entrar no seu corpo, mas pode deixar algumas marcas de mordida na região da perna nem um pouco agradáveis.

Porém, os nativos possuem uma cura tradicional, por meio do uso de duas plantas, a Xagua (Genipa americana) e um tipo maçã, cujo extrato é inserido na área afetada. Este tem a função de dissolver o peixe. Mas frequentemente, a infecção causa choque e morte das vítimas antes que o peixe possa ser removido.

É válido listar alguns cuidados importantes: evite nadar sem trajes de banho que cubram os órgãos genitais; não nade em locais desconhecidos sem antes falar com pessoas que conheçam a região; evite entrar na água com cortes e arranhões recentes que possam sangrar; jamais urine na água, já que a ureia pode atrair o Candiru e outros predadores; caso seja atacado por um Candiru, não puxe em sentido contrário, porque os seus dentes podem rasgar a uretra. O correto é procurar um médico imediatamente.

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