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Peste Suína: Biossegurança do Brasil merece atenção

Desafio mundial relacionado à Peste Suína Africana exige adoção de medidas de biossegurança relacionadas à importação de insumos.

A ocorrência de Peste Suína Africana (PSA) na Ásia aumenta a importância de procedimentos de biossegurança relacionados à importação de insumos, uma vez que a China exporta matérias-primas para diversos países que não têm o vírus. “Além disso, há um agravante: o vírus da PSA é extremamente resistente, inclusive às variações de temperatura, o que faz com que as medidas de biosseguridade devam ser ainda mais rigorosas, visando impedir a entrada do vírus no Brasil e em países livres desta enfermidade”, ressalta Emilio Salani, vice-presidente executivo do SINDAN (Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Saúde Animal), entidade que reúne as indústrias veterinárias que atuam no país.

“O crescimento acentuado e a modernização da indústria suinícola mundial nas últimas décadas evidenciam a necessidade de atenção mais detalhada à saúde dos plantéis. Esse avanço do tamanho dos sistemas de produção trouxe, paralelamente, aumento na densidade animal, aumentando a pressão de infecções de várias origens. Além disso, a intensificação do comércio de animais entre regiões cria a situação ideal para a multiplicação e a disseminação de vários patógenos (principalmente vírus e bactérias) e a ocorrência de surtos de enfermidades que acarretam elevados prejuízos econômicos aos países e aos produtores”, explica Gisele Ravagnani, do Departamento Técnico da Ourofino Saúde Animal, empresa associada ao SINDAN.

A biosseguridade em granjas de suínos consiste em diversas medidas para evitar a entrada e a propagação de doenças no rebanho. Confira as principais medidas:

  • Localização e isolamento da granja: manter distância entre granjas, com utilização de cercas e barreiras biológicas, como árvores ao redor da propriedade
  • Desinfecção dos veículos que acessam a granja, controle rigoroso da qualidade dos ingredientes da ração, tratamento correto dos efluentes e destino correto dos resíduos, limpeza e desinfecção das instalações, vazio sanitário entre cada lote, programa de vacinações, isolamento e tratamento de animais doentes
  • Uso de água potável e tratada para alimentação dos animais, bem como para higiene
  • Controle de roedores, pois veiculam diversos patógenos, como Peste Suína Clássica (PSC) e Africana (PSA).

Emilio Salani ressalta que o controle, registro e restrição de visitas às granjas devem ser priorizados. Pessoas doentes, por exemplo, com gripe ou resfriado, não devem ter acesso ao ciclo produtivo, pois podem transmitir o vírus da influenza aos suínos. “Essas práticas devem ser combinadas com o fluxo de animais entre as várias fases de produção e com as práticas de manejo, bem-estar animal, capacitação dos operários e programa de Boas Práticas de Produção e sistema de gestão da qualidade”, explica o vice-presidente executivo do SINDAN.

Essas medidas devem ser integradas umas às outras, o que requer muita disciplina, pois se tratam de ações que preservam a saúde do rebanho, esta é a principal prioridade de um sistema de produção de suínos. “Prevenir sempre foi e será mais viável do que qualquer tipo de perdas causadas por enfermidades. As granjas de suínos, independentemente de tamanho, localização e situação sanitária, devem estabelecer rigorosamente as medidas de biosseguridade”, ressalta Gisele Ravagnani.

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