Petrobras se une a Gigante do Agro para produção de fertilizantes

Petrobras e Unigel, uma das gigantes do Agro, estudam desenvolver fertilizantes e, além disso, a produção de hidrogênio verde e projetos de baixo carbono. A empresa já é responsável pelo arrendamento de duas plantas da Petrobras.

Petrobras informou nesta terça-feira (6) que iniciou discussões com a Unigel para analisar negócios conjuntos envolvendo desenvolvimento de oportunidades nas áreas de fertilizantes, hidrogênio verde e projetos de baixo carbono, em linha com a revisão dos elementos estratégicos para o Plano Estratégico 2024-2028 (PE 2024-28) da Petrobras.

Somente após conclusão de análises técnicas, eventuais projetos advindos do acordo terão estimativas oficiais de custo e retorno. A Petrobras e a Unigel assinaram acordo de confidencialidade (Non Disclosure Agreement) não vinculante com vigência de dois anos.

Foto: Divulgação

Além disso, somente após a conclusão de análises técnicas por grupo multidisciplinar, eventuais projetos advindos do acordo terão estimativas oficiais de custo e retorno, necessárias para futuramente serem apreciados pelas instâncias de aprovação interna, de acordo com a governança da companhia.

Segundo comunicado ao mercado da estatal, a Unigel foi fundada em 1966 e está estrategicamente localizada no Brasil e no México.

Unigel e Petrobras, uma parceria antiga

As outras unidades da Petrobras, foram arrematas pela Unigel, uma das maiores empresas químicas do país, com posição de liderança em estirênicos, acrílicos e fertilizantes nitrogenados na América Latina. Fundada em 1966, a Companhia está estrategicamente localizada no Brasil (nos Estados da Bahia, Sergipe e São Paulo) e no México (nos Estados do México, San Luís Potosí e Veracruz).

O Brasil tem 6 plantas hibernadas ou inacabadas que poderiam aumentar a produção nacional em 62%, caso entrassem em operação. Além disso, o lançamento do Plano Nacional de Fertilizantes (PNF) cria um cenário mais favorável ao investimento na produção nacional, uma vez que visa diminuir a dependência de importações.

O diretor executivo da Unigel, Luiz Felipe Fustaino, cita ainda o sucesso da companhia na operação das fábricas de fertilizantes nitrogenados de Sergipe e da Bahia.

As unidades são da Petrobras e foram arrendadas pela Unigel por 10 anos, prorrogáveis pelo mesmo período. “O fato de a Unigel ter sido muito bem-sucedida na retomada das Fafens também aumenta o interesse pelos ativos. Acho que a Unigel conseguiu provar uma capacidade operacional de rentabilizar os ativos, claro que numa conjuntura favorável, mas existiam dúvidas quanto à capacidade de manter esses ativos operando a plena carga, como de fato está desde que nós retomamos a produção”, disse o executivo.

Unigel terá a maior fábrica de Hidrogênio Verde do mundo

A Unigel, uma das maiores indústrias químicas da América Latina e líder em setores como amônia e fertilizantes, está investindo US$ 120 milhões, o equivalente a R$ 660 milhões, na construção da primeira fábrica brasileira de hidrogênio verde, produto que é substituto dos combustíveis fósseis. O objetivo é que esta fábrica de hidrogênio verde no Brasil seja a maior do mundo.

Segundo Roberto, a fábrica de hidrogênio no Brasil é um projeto inovador para a Unigel, que estará na vanguarda, tendo em vista que será o maior do mundo quando entrar em operação, no final de 2023. Segundo Noronha, o hidrogênio verde é produzido com água e eletricidade gerada por uma fonte de energia limpa, como solar ou eólica.

Para Roberto Noronha, presidente da empresa Unigel, esta se trata de uma iniciativa que colocará a empresa na liderança da descarbonização do país. Sendo assim, a fábrica de hidrogênio contará com a tecnologia e o sistema industrial da alemã Thyssenkrup Nucera. Desta forma, será instalada em Camaçari uma nova fábrica que produzirá 10 mil toneladas por ano de hidrogênio verde, utilizando energia limpa, e a conversão em 60 mil de amônia.

Com o interesse já demonstrado pelos clientes, e acreditando na expansão mais rápida da demanda, a Unigel planeja quadruplicar a capacidade produtiva em 2025, inclusive para a exportação.

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