
Para o consumidor final, especialistas afirmam que o preço da carne bovina já começa a diminuir, porém não haverá um recuo na mesma proporção do que aconteceu com a arroba do boi gordo.
O preço do boi gordo despencou nos últimos meses. Dados do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) revelam que a arroba já acumula queda de 16,4% em 2023 e de quase 22% na comparação com o ano anterior. Entre os principais motivos dessa queda expressiva está a maior oferta de fêmeas para abate.
A queda da rentabilidade da cria, que já acontece desde 2022, acabou desincentivando o pecuarista a manter as fêmeas para reprodução. O resultado é um maior descarte desses animais, revela a consultoria HN Agro.

Os dados do IBGE divulgados nesta semana já revelam essa alta no número de descarte de animais. No primeiro trimestre de 2023, o número de bovinos abatidos no Brasil chegou a 7,3 milhões de cabeças, alta de 4,8% em relação ao mesmo período do ano anterior.
“Em 2020 e 2021, quando os preços do boi subiram forte, o pecuarista reteve mais fêmeas para essas vacas em reprodução gerarem mais oferta de gado em algum momento. Porém, em 2022, houve aumento da oferta de bezerro, fato que pressionou as cotações, e agora faz com que as fêmeas sejam descartadas”, explica o sócio diretor da empresa, Hyberville Neto.
Preço da picanha vai cair?
Para o consumidor final, especialistas afirmam que o preço da carne bovina já começa a diminuir, porém não haverá um recuo na mesma proporção do que aconteceu com a arroba do boi gordo. A consultoria Agrifatto, explica que os varejistas estão recompondo margens que foram perdidas entre 2020 e 2021, quando o preço do boi gordo valorizou de maneira mais acelerada.
“O varejo não havia conseguido repassar na totalidade o aumento do boi e da carcaça e agora está recompondo essa margem. Novas quedas devem acontecer no varejo, mas não serão nas mesmas proporções que o boi gordo e o atacado”, diz a CEO da Agrifatto, Lygia Pimentel.
Tendência para a arroba do boi
Já para o pecuarista, ambas as consultorias revelam que, para o curtíssimo prazo, a expectativa ainda é de queda nos preços. A oferta elevada de animais e os frigoríficos pressionando para baixo as cotações podem interferir no mercado. No segundo semestre, tanto a HN Agro como a Agrifatto esperam uma melhora nos valores ao pecuarista. A entressafra e a projeção positiva para exportações de carne bovina são apontadas como alguns dos motivos.
Fonte: Jovem Pan, Kellen Severo
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