Região sudeste domina o crescimento da piscicultura se consolidando como protagonista na produção de peixes de cultivo, com aumento generalizado e destaque para São Paulo e Minas Gerais
A piscicultura brasileira vive um momento de expansão contínua, e a Região Sudeste confirma seu papel estratégico nesse avanço. Novos dados de produção mostram que, em 2024, todos os estados do Sudeste cresceram na criação de peixes cultivados, reforçando a força de um setor que movimenta milhões, impulsiona economias locais e se consolida como peça-chave da segurança alimentar nacional.
O crescimento é expressivo não apenas em volume, mas também em distribuição — demonstrando que o avanço da atividade não está concentrado em um único estado, mas espalhado por toda a região. O cenário confirma o Sudeste como um dos polos mais importantes da aquicultura brasileira, com resultados que refletem investimentos, tecnologia e maior profissionalização dos produtores.
Crescimento disseminado entre os estados
Os números divulgados apontam um desempenho positivo e uniforme entre Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Todos registraram aumento de produção entre 2023 e 2024:
Evolução da piscicultura no Sudeste (em toneladas)
- Espírito Santo: de 19.030 para 20.410
- Minas Gerais: de 61.600 para 72.800
- Rio de Janeiro: de 2.920 para 2.970
- São Paulo: de 82.400 para 93.200
Os dados revelam que São Paulo segue líder absoluto na piscicultura regional, ultrapassando as 93 mil toneladas. O estado aparece como referência na adoção de sistemas eficientes, integração com frigoríficos e forte presença de espécies como tilápia, que domina a produção paulista.
Logo atrás, Minas Gerais se destaca pelo ritmo de crescimento, saltando mais de 11 mil toneladas em apenas um ano. O estado mineiro é reconhecido por sua estrutura produtiva bem distribuída, qualidade sanitária e políticas de fomento.
Espírito Santo e Rio de Janeiro também avançam
Embora com volumes menores, Espírito Santo e Rio de Janeiro apresentam estabilidade e crescimento contínuo, reforçando a diversificação regional. No território capixaba, a produção já ultrapassa 20 mil toneladas, impulsionada por produtores organizados e crescente adoção de sistemas intensivos.
No Rio de Janeiro, a atividade permanece em ascensão, com evolução discreta, mas importante para consolidar bases produtivas e fortalecer cadeias de valor ainda em formação.
Por que a piscicultura cresce no Sudeste?
Especialistas apontam alguns fatores que explicam o avanço uniforme da região:
- Demanda crescente por proteína saudável, especialmente nas grandes metrópoles
- Infraestrutura logística consolidada, facilitando o escoamento da produção
- Fortalecimento de cooperativas e associações
- Investimentos em tecnologia e melhoramento genético
- Ambiente regulatório mais maduro, com melhoria na concessão de outorgas e licenças
Além disso, o Sudeste concentra importantes polos de pesquisa e universidades que fornecem suporte técnico e inovação ao setor.
Mercado aquecido e projeções otimistas
O aumento registrado em 2024 reforça que a piscicultura do Sudeste está em plena expansão, acompanhando o crescimento nacional e demonstrando potencial para avançar ainda mais nos próximos anos. A região, que já é referência no consumo, agora também se consolida no fornecimento de peixe cultivado, contribuindo para o abastecimento interno e para o fortalecimento do agronegócio brasileiro.
A tendência é que a atividade continue a se expandir, impulsionada por investimentos, profissionalização e pelo apetite crescente do consumidor por peixes de qualidade.
A piscicultura do Sudeste não está apenas crescendo — está ganhando importância estratégica no mapa do agro brasileiro.
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