Plantio do milho avança, mas pressão de doenças acende alerta para a safra verão

Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), mais da metade das áreas destinadas à primeira safra já estavam semeadas em outubro, superando o ritmo do ano passado

O plantio do milho verão avança em ritmo acelerado pelo Brasil, mas o cenário positivo convive com um desafio recorrente: a intensificação das doenças que têm causado prejuízos significativos nas últimas safras. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), mais da metade das áreas destinadas à primeira safra já estavam semeadas em outubro, superando o ritmo do ano passado. As estimativas da Safras & Mercado apontam para um potencial de produção de 143,56 milhões de toneladas em 2025/26.

Apesar das boas perspectivas, especialistas alertam que o desempenho das lavouras dependerá da capacidade do produtor antecipar problemas fitossanitários. Para o engenheiro agrônomo e gerente de Marketing Regional da IHARA, Valdumiro Garcia, a safra exigirá decisões técnicas mais assertivas. “Mesmo com o avanço do plantio e expectativas favoráveis, o ciclo traz desafios importantes. As escolhas feitas agora terão impacto direto na produtividade. O controle integrado e o monitoramento constante serão fundamentais, especialmente com doenças que já trouxeram grandes prejuízos em anos anteriores”, afirma Garcia.

Panorama das doenças e condições que favorecem o avanço dos patógenos

A dinâmica das doenças no milho tem se alterado em função da expansão da fronteira agrícola, das janelas de plantio, do uso contínuo de sistemas irrigados e da baixa rotatividade de culturas. A adoção de híbridos mais suscetíveis também contribui para novas infestações e maior severidade nas lavouras.

Entre os principais problemas relatados estão ferrugem-polisora, mancha-foliar, mancha-de-phaeosphaeria e cercosporiose. Em variedades sensíveis, perdas entre 8 e 10 sacas por hectare têm sido registradas quando não há controle adequado. Umidade elevada, temperaturas altas e restos culturais infectados criam condições ideais para o avanço dos patógenos.

A cercosporiose pode surgir entre 13 e 16 dias após a infecção, apresentando potencial de perdas superiores a 80% em variedades suscetíveis. Sua disseminação ocorre via vento, respingos de chuva e resíduos culturais, sendo favorecida por temperaturas entre 22 °C e 30 °C e períodos prolongados de umidade.

Já a mancha-de-phaeosphaeria pode causar perdas superiores a 60%, com maior ocorrência em ambientes de alta precipitação e noites mais frias.

A ferrugem-polisora, mais frequente no Centro-Oeste, Noroeste de Minas Gerais, São Paulo e parte do Paraná, pode gerar reduções de até 44% na produtividade. A doença se intensifica em ambientes com altas temperaturas (27 °C a 30 °C) e umidade elevada.

Manejo preventivo ganha protagonismo na safra verão

Diante desse cenário, o manejo preventivo assume papel fundamental. A recomendação é iniciar os programas de controle antes do aparecimento dos sintomas, aliado ao monitoramento frequente da lavoura. A fase inicial do desenvolvimento, até o pré-pendoamento, é decisiva para preservar o potencial produtivo.

O gerente de Marketing Regional da IHARA destaca que fungicidas com ação sistêmica, alta mobilidade e boa performance mesmo sob clima desfavorável têm se mostrado determinantes. Segundo ele, o fungicida FUSÃO EC, da IHARA, apresenta resultados consistentes no controle das principais doenças do milho. “O milho é extremamente sensível ao avanço dos patógenos. Nosso compromisso é oferecer soluções que protejam a lavoura com eficiência e segurança, contribuindo para produtividade e sustentabilidade”, reforça Garcia.

O FUSÃO EC apresenta rápida absorção e translocação sistêmica, o que protege a planta mesmo em cenários de chuva frequente. Sua formulação combina dois ativos de forma sinérgica, ampliando o espectro e a eficiência do controle. Essa tecnologia se destaca pela atuação preventiva e curativa e pela boa consistência em diferentes regiões produtoras.

Garcia ressalta a importância da rápida fixação do produto à superfície foliar e da baixa exposição dos patógenos, fatores que reduzem riscos de resistência. Ele reforça ainda que, além do desempenho, Fusão EC tem um custo mais acessível em comparação às tecnologias equivalentes.

Estratégias integradas para um ambiente cada vez mais desafiador

Com mais de seis décadas dedicadas à pesquisa e desenvolvimento, a IHARA reforça que o manejo integrado continuará sendo a principal estratégia para garantir produtividade. Monitoramento, escolha de híbridos adaptados, rotação de culturas, adequação dos restos culturais e uso criterioso de fungicidas são práticas indispensáveis para reduzir vulnerabilidades.

“À medida que o plantio avança, as próximas semanas serão decisivas para definir se a safra acompanhará as projeções otimistas ou enfrentará limitações impostas pela severidade dos patógenos. A resposta está na antecipação: quem age antes, colhe mais“, finaliza Garcia.

Sobre a IHARA

A IHARA é uma empresa de pesquisa e desenvolvimento que há 60 anos leva soluções para a agricultura brasileira, reconhecida pela inovação e tecnologia de origem japonesa. A empresa conta com um portfólio de mais de 60 soluções — fungicidas, herbicidas, inseticidas, biológicos, acaricidas e produtos especiais — que protegem mais de 100 tipos de cultivos. Em 2022, a IHARA entrou no segmento de pastagem, oferecendo soluções inovadoras para o pecuarista brasileiro.

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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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