Foram encontradas carcaças e restos de bovinos descartados irregularmente, configurando um verdadeiro “cemitério de bovinos” no abatedouro clandestino. O volume de animais abatido sugere que a carne era comercializa a tempos na cidade.
Uma operação conjunta realizada pela Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão (AGED) e pela Polícia Militar descobriu, na última terça-feira (11), um abatedouro clandestino que operava sob condições precárias no município de Vargem Grande (MA). A ação foi desencadeada após denúncias sobre o forte mau cheiro e possíveis irregularidades sanitárias no local.
Ao chegar ao estabelecimento denunciado, as autoridades encontraram um cenário alarmante, com instalações inadequadas, em completo desacordo com as exigências higiênico-sanitárias previstas pela legislação. Além disso, foram encontradas carcaças e restos de bovinos descartados irregularmente, configurando um verdadeiro “cemitério de animais”.
Após constatação das irregularidades, o local foi imediatamente interditado. O proprietário do estabelecimento recebeu notificação oficial, sendo devidamente orientado quanto à ilegalidade da atividade e aos riscos que ela representa à saúde pública. Segundo a AGED, ações semelhantes serão reforçadas para garantir o cumprimento das normas sanitárias vigentes.
Fiscalização e Saúde Pública
A AGED enfatizou que manter o rigor na fiscalização é fundamental para assegurar que os produtos de origem animal comercializados no estado sejam seguros para consumo. Segundo a Agência, apenas 12 abatedouros frigoríficos possuem registro no Serviço de Inspeção Estadual (SIE) no Maranhão. Desses, sete são exclusivos para bovídeos, enquanto os demais contemplam outras espécies animais como suínos, ovinos, caprinos e aves.
Riscos do Abate Clandestino
Abates irregulares colocam em risco a saúde pública ao permitir que carnes sem inspeção adequada cheguem ao consumidor final, aumentando a possibilidade de transmissão de doenças e infecções. Assim, o Serviço de Inspeção Oficial desempenha um papel crucial na garantia da qualidade e segurança alimentar.
A investigação segue em andamento e a AGED reforça a necessidade de denúncias sobre atividades suspeitas, colaborando diretamente com o combate ao abate clandestino no estado.
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