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Preço em queda faz produtor de leite ‘abandonar’ ordenha

Com avanço nos preços dos produtos lácteos e leite nos supermercados e queda no preço pago ao produtor de leite, faz classe ‘abandonar’ ordenha; E agora?

No Rio Grande do Norte, precisamente na região Sérido, está um desânimo geral entre os produtores de leite. Segundo eles, ter que tirar dinheiro do bolso todo mês para pagar o prejuízo é uma grande furada. Segundo os produtores ouvidos pela reportagem, todo mês tem sido observado uma queda frequente nos preços pagos pelos laticínios, deixa a margem da atividade negativa.

“Não tem quem aguente. Soja, milho, diesel, energia elétrica, e a mão de obra, todos com valores nas alturas e o leite que é um produto perecível, não tem como você produzir e estocar por muito tempo para que possa aguardar uma valorização!”, diz seu Francisco que é produtor há 30 anos . 

Todo mês em queda frequente, o preço pago pelo litro do produto é em média R$ 2,35, uma verdadeira miséria, enquanto o kg de queijo sobe todo mês em Natal e Mossoró”, completou.

Resumindo, para o empresário, não compensa mais. “Do jeito que tá, só dá para os donos de laticínios, se a gente não mudar nossa forma de produzir logo, no final vai ser quebradeira geral”, explica o produtor.

“Hoje, é mais interessante para o produtor, deixar os bezerros mamar e tirar o leite só uma vez. Com isso diminuí a produção, o Bezerro fica gordinho, o proprietário reduz as despesas e trabalha menos, basta apenas o produtor usar a cabeça”, disse Seu Francisco.

Em grupos de “ZAP DE PRODUTORES” muitos agropecuaristas de Caicó, Jucurutu e Jardim de Piranhas, estão se organizando para reduzir a produção de leite nas próximas semanas, em muitas fazendas o leite já começa a ser tirado só uma vez no dia.

Foto: Divulgação

Leite ao produtor segue em desvalorização; ano deve se encerrar com preços em queda

Pesquisa do Cepea mostra que o preço do leite captado em setembro e pago aos produtores em outubro foi de R$ 2,8481/litro na “Média Brasil” líquida, recuo de 6,5% frente ao do mês anterior. Essa foi a segunda queda consecutiva no campo, mas o valor ainda ficou 15,5% superior ao registrado em outubro do ano passado, em termos reais (as médias mensais foram deflacionadas pelo IPCA de outubro/22). E a expectativa de agentes consultados pelo Cepea é de que esse movimento de desvalorização persista até o final do ano, ainda que em menor intensidade.

A baixa nos preços ao produtor no quarto trimestre do ano é algo esperado pelo setor, uma vez que existe uma tendência de aumento da produção associada ao regime de chuvas. Dessa forma, um fator sazonal contribui para a queda do custo ligado à alimentação e ao aumento da produção no campo neste período, sobretudo no Sudeste e Centro-Oeste.

Diante disso, observa-se elevação da oferta no campo nos últimos meses. O Índice de Captação de Leite (ICAP-L) do Cepea aumentou 2,2% de agosto para setembro, quinto avanço mensal consecutivo. Com isso, desde janeiro, o ICAP-L acumula incremento de 8,7% e, desde setembro de 2021, de 10,9%.

Outro fator que tem reforçado o aumento da oferta doméstica é a diminuição das exportações e o elevado patamar das importações nos últimos meses. Os dados da Secex mostram que as exportações seguiram em queda em outubro e, apesar do recuo de 15,4% das importações, o volume internalizado ainda é alto, estando 80,8% maior que o registrado em outubro do ano passado.

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