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Presidente quer mandar no preço da carne, mas é nos EUA

Os preços da carne seguem de estáveis a mais altos em todo o país; Agora, o Presidente subiu o tom e pode intervir no preço da carne, mas é dos EUA!

A companhia norte-americana de carnes Tyson Foods rejeitou comentários do secretário de Agricultura e do diretor do Conselho Econômico Nacional sobre a indústria de processamento de carne, durante coletiva de imprensa, ontem (8), na Casa Branca.

O governo Biden disse que tomará medidas contra o que chama de “concentração” na indústria de processamento de carnes. “Quatro grandes conglomerados controlam de forma esmagadora as cadeias de suprimento de carne, reduzindo os lucros para os agricultores e elevando os preços para os consumidores”, disse a Casa Branca em um comunicado.

O governo Biden disse que aplicaria “as leis antitruste, aumentaria a competição no processamento de carne e reprimiria a especulação pandêmica que está prejudicando consumidores, agricultores e pecuaristas em todo o país”, disse a Casa Branca.

A Tyson respondeu que o aumento nos preços da carne bovina acontece em meio a condições de mercado sem precedentes. “Choques de mercado múltiplos, incluindo uma pandemia global, e condições climáticas severas, levaram a uma queda inesperada e drástica na capacidade dos processadores de carne de operar em plena capacidade”, diz a companhia.

Segundo nota da Tyson, há uma oferta excessiva de gado vivo e uma oferta insuficiente de carne bovina, enquanto a demanda por produtos de carne bovina cresce a cada dia.

“Então, com isso, o preço do boi caiu, enquanto o preço da carne subiu. Além disso, os preços pagos aos produtores de gado estão subindo e a escassez de mão de obra também está afetando a oferta de carne suína e de aves do país”.  

Nos EUA, carne cara, boi barato

Os preços da carne bovina nos Estados Unidos estão elevando as preocupações dos consumidores, que estão comprando menos. É a única explicação para os seguidos e fortes recuos do boi nos mercados físicos e futuros, enquanto, contraditoriamente, o volume disponível de gado encolhe.

O cenário americano, detectado por autoridades e corretoras, pode ser transferido para o Brasil – fora a semelhança de menos boi e cotações em baixa -, pelas operações locais das multinacionais brasileiras e pelas exportações àquele mercado.

JBS (JBSS3) e Marfrig (MRFG3) contam com grande participação das plantas americanas em suas receitas. E, como a Minerva (BEEF3), exportam do Brasil e de outras unidades estrangeiras.

No spot do físico, as cotações no atacado caíram para menos de US$ 284 cwt (centum weight, unidade de medida), em recuo seguido desde meio de agosto, segundo informe da corretora US Commodities, de Iowa.

No mesmo período, na CME, em Chicago, os futuros desceram no pico de 131,950 centavos de dólar por libra-peso para 123 c/lp desta quinta (9).

Em plena retomada da economia e com o Federal Reserve (FED) sem adotar medidas monetárias contra a inflação, o que se nota, de acordo com a trading, é que o enxugamento do rebanho não reproduz melhora nos preços como deveria acontecer pela oferta menor.

“Desde maio, quando caiu 7%, as colocações em confinamentos não param de recuar, de acordo com os últimos dados do USDA. Os dados sinalizam que haverá menos gado disponível para abate no final deste ano e no início de 2022”, completa o presidente da US Commodities, Don Roose.

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