Previsão em Minas Gerais é de safra recorde de grãos 2022/2023

Conab – Companhia Nacional de Abastecimento, estima que Estado colha 18,4 milhões de toneladas; destaque é a soja, que deve chegar a 8 milhões de toneladas.

Minas Gerais caminha para registrar uma nova safra recorde de grãos na temporada 2022/23. De acordo com o 3° Levantamento da Safra de Grãos, a estimativa é colher 18,4 milhões de toneladas de grãos no Estado, superando em 9,8% a safra 2021/22. No Estado, segundo os dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o destaque é a produção de soja, que deve crescer 5,4% e chegar a 8 milhões de toneladas –  volume também recorde. 

Conforme os dados, na safra de grãos 2022/23, a expansão da produção estadual vem ocorrendo em função da área de plantio, que ficou 3,9% maior com o uso de 4,2 milhões de hectares. A produtividade também vem apresentando alta. É esperada a colheita de 4,3 toneladas por hectare – variação positiva de 5,7%.

O gerente de acompanhamento de safras da Conab, Rafael Fogaça, explica que em Minas a consolidação do período chuvoso aconteceu de forma diferenciada nas regiões do Estado, mas que a safra segue com tendências positivas. “Em Minas Gerais, a consolidação das chuvas nas regiões do Triângulo, Alto Paranaíba e Noroeste só ocorreu em novembro. Já no Sul do Estado, as chuvas se consolidaram mais cedo, com mais de 120, 150 milímetros registrados. Então aconteceu das lavouras de milho e feijão, no Sul de Minas, serem plantadas mais cedo, enquanto nas demais regiões foram plantadas com certo atraso”, analisou.

Fogaça explica ainda que com relação às condições de desenvolvimento da safra de grãos no Sul de Minas, com o registro de várias chuvas de granizo e tempestades, algumas lavouras tiveram que ser replantadas.

“Lavouras de milho e de feijão foram atingidas e tiveram que ser semeadas novamente. Mas, no geral, a partir de novembro, as condições no Estado se mostraram mais favoráveis e as principais culturas, soja, milho e feijão, seguem com bom desenvolvimento. Mesmo com as chuvas fortes, não houve alteração na estimativa de produtividade nas principais culturas”. 

Entre as principais culturas da atual safra de grãos, a soja se destaca. A previsão é de um aumento de 5,4% na produção, podendo alcançar 8 milhões de toneladas. A área produtiva foi estimada em 2,13 milhões de hectares, ou seja,  7,5% maior. A estimativa inicial é colher 3,7 toneladas de soja por hectare – queda de 1,9%.

Conforme a Conab, a soja vem ganhando espaço em Minas Gerais, principalmente em áreas antes cultivadas com milho e feijão de primeira safra. Também está havendo maior incorporação de áreas de pastagem. Nesta safra, a área destinada para a oleaginosa é a maior na série histórica de Minas Gerais.

Aproximadamente 85% das lavouras de soja se encontram semeadas no Estado. Comparado ao mesmo período do ano passado, esta safra está atrasada devido às condições climáticas, uma vez que, no ano anterior, os volumes de chuvas foram maiores em outubro. Nesta, as precipitações ocorreram com mais frequência somente em novembro.

Milho, feijão e algodão

Para a primeira safra de milho, é esperada queda de 5,9% na produção, que pode chegar a 5,18 milhões de toneladas. A queda é resultado da redução de 5,9% na área – 790 mil hectares. A produtividade – 6,5 toneladas por hectare – está igual à registrada na primeira safra. A previsão inicial que tende a ser revisada é que a produção de milho total chegue a 8,9 milhões de toneladas no Estado – volume 16,2% maior que na safra anterior. 

Conforme a Conab, com pouco mais de 85% das lavouras semeadas, o plantio do milho está atrasado quando comparado à safra anterior que, no mesmo período, já havia se encerrado. Esse atraso se deve à baixa umidade do solo devido ao pouco volume de chuvas em outubro, que é o início da janela ideal de plantio.

Para a primeira safra de feijão, a estimativa é de um aumento de 1,4%, chegando a um volume de 197,8 mil toneladas. A produtividade tende a crescer 2,4% com a colheita de 1,36 toneladas por hectares. A área plantada ficou 3,8% menor, atingindo 144,6 mil hectares. A queda é resultado da concorrência com outras culturas.

Para o algodão, a estimativa é de um aumento de 5,6% na produção, chegando a 116,9 mil toneladas. A área de cultivo está estimada em 29,4 mil hectares e se manteve estável. A produtividade –  3,9 toneladas por hectare – tende a aumentar 5,6%. A produção de pluma será de 47,7 mil toneladas, ou seja, aumento de 7,7%.

Fonte: Diário do Comércio

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