
Esta lei há muito aguardada garantirá que a Grã-Bretanha nunca mais regressará aos dias de exportar até 2,5 milhões de ovinos e vitelos anualmente para a Europa ou para além dela para abate ou engorda.
Em um movimento histórico para o bem-estar animal, a Grã-Bretanha se tornou a primeira região da Europa a proibir as exportações de animais vivos destinados ao abate ou engorda. A nova legislação, que entrou em vigor no dia 20 de maio com a Lei do Bem-Estar Animal (Exportações de Gado), só foi possível após a saída do Reino Unido da União Europeia. E
m termos de agricultura, esta última legislação proíbe a exportação de bovinos vivos, ovinos e suínos para abate e engorda da Inglaterra, Escócia e País de Gales, os 3 países da Grã-Bretanha. Confira os detalhes e os impactos para o mundo.
Bem-estar Animal em Foco com a proibição da exportação de animais vivos
O governo britânico argumenta que a medida posiciona a Grã-Bretanha como líder global em bem-estar animal, evitando que os animais enfrentem estresse, exaustão e lesões durante longas viagens de exportação. Estima-se que, em períodos de pico, até 2,5 milhões de animais vivos poderiam ser exportados anualmente da Grã-Bretanha. A nova lei assegura que os animais sejam abatidos em matadouros de alto padrão no Reino Unido, valorizando a carne britânica.
A proibição encerra um comércio de longa data de ovinos e cordeiros para abate e engorda, além de vitelos para explorações de vitelos na Europa continental. A lei se aplica também a cabras, porcos, javalis e cavalos.
Declarações Oficiais
Steve Barclay, secretário do Meio Ambiente do Reino Unido, destacou o compromisso do país com elevados padrões de bem-estar animal: “Estamos orgulhosos de ter alguns dos mais altos padrões de bem-estar animal do mundo. Nossa nova lei aproveita as liberdades pós-Brexit para cumprir um dos nossos compromissos manifestos e reforçar ainda mais esses padrões, impedindo a exportação de animais vivos para abate e engorda, que sabemos que causa estresse e lesões desnecessárias aos animais.”
Um Tema Polêmico
A proibição das exportações de animais vivos é um tema controverso, defendido por diversos países ao redor do mundo. A Nova Zelândia e a Austrália já implementaram ou estão em processo de implementar proibições semelhantes.
Enquanto grupos de agricultores têm se mantido relativamente silenciosos sobre a nova legislação, organizações de bem-estar animal comemoram a vitória. Chris Sherwood, diretor executivo da RSPCA, declarou: “Depois de mais de 50 anos de campanha, estamos absolutamente entusiasmados por ver que a exportação viva de animais foi proibida na Grã-Bretanha. Isto significa que os animais britânicos não serão mais enviados em viagens cansativas ao exterior para engorda adicional e abate em condições precárias e apertadas, com pouco ou nenhum acesso a comida ou água.”
Impacto Global
Philip Lymbery, CEO global da Compassion in World Farming, elogiou o governo britânico: “Felicitamos o governo britânico por cumprir esta promessa extremamente importante. Esta lei há muito esperada garantirá que a Grã-Bretanha nunca mais retornará aos dias sombrios de exportar anualmente até 2,5 milhões de ovelhas e vitelos para a Europa ou além dela, para abate ou engorda.”
Exceções e Continuidade de Algumas Exportações
A nova legislação permite exceções para exportações de animais vivos em circunstâncias específicas, como para reprodução e competições, desde que os animais sejam transportados de acordo com os requisitos legais que protegem seu bem-estar.
A proibição segue uma consulta pública sobre o fim das exportações de animais vivos, na qual 87% dos entrevistados concordaram que o gado não deveria ser exportado para abate e engorda. Com este passo, a Grã-Bretanha envia uma mensagem poderosa ao mundo sobre a importância do bem-estar animal, esperando que outros países sigam o exemplo em breve.
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