
A valorização do dólar frente ao Real no acumulado de fevereiro atraiu compradores de soja para o Brasil.
No entanto, as negociações foram limitadas pelo baixo interesse de venda por parte de produtores, que estão com as atenções voltadas aos trabalhos de campo e às entregas de contratos. Além dos compradores externos, algumas indústrias brasileiras já sinalizam necessidade de adquirir novos lotes de soja para abastecer os estoques.
Esse cenário impulsionou os prêmios de soja no Brasil, que, por sua vez, influenciaram as altas nos preços do grão no mercado doméstico. Entre 31 de janeiro e 15 de fevereiro, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa da soja Paranaguá (PR) subiu 1%, indo para R$ 77,83/sc de 60 kg na sexta-feira, 15.
No mesmo comparativo, o Indicador CEPEA/ESALQ Paraná teve alta de 0,5%, a R$ 72,62/sc de 60 kg. A moeda norte-americana se valorizou 1,45% no mesmo período, a R$ 3,704 na sexta. A alta nos preços do grão, no entanto, foi limitada pela baixa demanda por derivados.
Alguns avicultores e suinocultores têm reduzido as aquisições do farelo, e fábricas de ração sinalizam diminuição nas vendas.
- CNA debate regras para ratificação de títulos em faixas de fronteira
- Conab vê alta na exportação de soja do Brasil em 25/26 com impulso da China e redução dos EUA
- IBGE: rebanho suíno soma 43,9 milhões de animais em 2024, alta de 1,8% ante 2023
- País registra recorde de 1,6 bilhão de aves comerciais em 2024, diz IBGE
- Rebanho bovino é de 238 milhões de cabeças em 2024 e cai 0,2% ante 2023
No mercado interno, a retração de produtores continua atrelada às incertezas quanto ao volume a ser colhido nesta safra (2018/19), devido ao clima desfavorável no período crítico de desenvolvimento dos grãos.
Fonte: Cepea