
A retração na produção bovina, afirmou a Conab, deve pressionar os preços da arroba e favorecer o consumo de proteínas alternativas, como frango e suíno.
A produção brasileira de carne bovina deve recuar 3,5% em 2026, totalizando 10,6 milhões de toneladas em equivalente carcaça, segundo projeções da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgadas nesta quinta-feira.
A queda na produção do país, maior exportador mundial de carne bovina, ocorre após três anos de abate elevado de fêmeas e reflete a menor oferta esperada de animais, em meio à recomposição de rebanhos.
Na véspera, a consultoria Datagro havia projetado cenário semelhante, enquanto um executivo da JBS afirmou durante evento em São Paulo que a companhia tem se preparado para uma provável mudança no ciclo pecuário brasileiro.
A retração na produção bovina, afirmou a Conab, deve pressionar os preços da arroba e favorecer o consumo de proteínas alternativas, como frango e suíno.
A produção de carne de frango deve crescer 2,8%, alcançando 15,93 milhões de toneladas. A recuperação das exportações após os embargos sanitários de 2025 e o custo competitivo frente à carne bovina sustentam o avanço do setor, disse a Conab.
A exportação de carne de frango no ano que vem foi estimada em 5,36 milhões de toneladas, ante 5,23 milhões de toneladas em 2025.
Já a produção de carne suína deve subir 3,6%, para 5,77 milhões de toneladas, com exportações estimadas em 1,53 milhão de toneladas, um novo recorde.
A Conab destacou que o encarecimento da carne bovina tende a favorecer a substituição por proteínas de menor custo, especialmente entre consumidores de menor renda.
A carne de frango deve seguir como a proteína mais acessível no varejo, enquanto a suína ganha espaço como alternativa competitiva, conforme o relatório.
Fonte: Reuters
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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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