Produção de mandioca em Sergipe atinge recorde no período junino

Durante o período junino, a mandioca ou macaxeira se torna um ingrediente essencial em muitas receitas típicas. Este ano, a expectativa é colher 375 toneladas de macaxeira, um aumento de 11% em relação ao mesmo período de 2023.

Durante o período junino, a mandioca – também conhecida como macaxeira em Sergipe – se torna um ingrediente essencial em muitas receitas típicas. Nos perímetros irrigados de Sergipe, onde é possível plantar a raiz mesmo na estiagem para colher em junho, os agricultores intensificam os investimentos para atender a demanda crescente. Este ano, a expectativa é colher 375 toneladas de macaxeira, um aumento de 11% em relação ao mesmo período de 2023.

Nielson de Oliveira Miranda é um dos agricultores do Perímetro Irrigado Piauí, em Lagarto, no centro-sul de Sergipe, que investem no cultivo da mandioca visando o aumento da demanda no mês de São João. Segundo Nielson, a macaxeira é um produto versátil, utilizado em diversas receitas, tanto doces quanto salgadas, e é muito apreciado cozido ou frito.

“Aqui fazemos bolo, puba, pé de moleque, malcasado, que vão para os restaurantes das cidades vizinhas. Com a irrigação aqui do perímetro, a gente planta fora de época e dá, com uma boa qualidade. Isso aqui é uma das riquezas que gera renda para minha família e emprego para outras pessoas”, relatou.

Crescimento da Produção

De acordo com os técnicos agrícolas da Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), que administra os perímetros irrigados, espera-se que em junho sejam colhidos 21 hectares de macaxeira, resultando em 375 toneladas. Em 2023, foram colhidas 337 toneladas em uma área plantada de 18,5 hectares. Paulo Sobral, diretor-presidente da Coderse, destaca a importância da irrigação fornecida pelo Governo do Estado para o desenvolvimento da macaxeira, que é colhida entre seis a nove meses.

“A produção da macaxeira é maior no perímetro irrigado Califórnia, em Canindé de São Francisco, com previsão de 240 toneladas durante o mês de junho. Por a incidência de chuva ser menor, o agricultor pode controlar a quantidade de água que a planta vai receber. Ele evita as perdas por excesso de umidade e pode garantir colheita de raízes precoces, com menos tempo de plantio e, por sua vez, mais macias”, explicou o presidente da Coderse, vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri).

Programas de Alimentação

No perímetro Irrigado Jacarecica II, que abrange os municípios de Areia Branca, Malhador e Riachuelo, a produção esperada em junho é de 100 toneladas. Fora do período de São João e São Pedro, esses irrigantes também participam dos programas Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e de Aquisição de Alimentos (PAA).

A mandioca, uma fonte saudável de carboidratos, é essencial nas dietas alimentares da merenda escolar e nas propostas de compra com doação simultânea, permitindo aos produtores vender a preços fixos e acima do valor de mercado.

Tamara Santos Cruz, agricultora do Jacarecica II e membro da Cooperativa de Produção Prestação de Serviço Auto Consumo e Economia Solidária (Coopesa) em Malhador, detalhou sua rotina no cultivo da macaxeira.

“Minha rotina é limpar a roça de macaxeira, adubar. Quando vai arrancar, a gente vai cortar as manaíbas e eu descasco, ajudo a limpar e empacoto”, disse Tamara. Ao passar a trabalhar na cooperativa, que fornece produtos à rede estadual de educação, ela conseguiu complementar a renda familiar. “Hoje está melhor, porque eu produzo e também coloco aqui, isso é bom”, concluiu.

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