
Produção terceirizada de bezerras é opção para melhorar a qualidade e aumentar o crescimento dos rebanhos leiteiros. O serviço reduz custos e viabiliza a produção de bezerras em propriedades por meio da transferência de embriões.
Considerada uma tecnologia reprodutiva capaz de encurtar o melhoramento genético do rebanho em pelo menos 10 anos, a Fertilização In Vitro (FIV) está viabilizando a produção de bezerras de qualidade genética superior para muitos produtores rurais que não contam com infraestrutura para tal em suas propriedades. A biotecnologia está sendo utilizada no serviço de produção de bezerras que o Cenatte Embriões voltou a oferecer em 2019 para atender à demanda crescente por animais de genética superior e diferenciada. “Muitas vezes, o produtor deixa de investir na FIV porque não tem receptoras em sua propriedade e acaba não multiplicando a genética de doadoras importantes. A aquisição de bezerras vem ao encontro da necessidade do produtor em ser mais eficiente a curto prazo, uma vez que o aumento da produção do rebanho está diretamente relacionado ao aumento da produtividade e à redução de custos”, diz Victor Sala, coordenador de Desenvolvimento do Cenatte.
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Para a retomada do serviço, o Cenatte Embriões firmou importantes parcerias com centrais de receptoras localizadas nos estados de Minas Gerais e Paraná. Assim, será possível adquirir a bezerra já nascida ou a receptora com 90 dias de prenhez e até com 60 dias para a data de parição. Segundo Victor Sala, além do ganho genético, há um grande impacto econômico para a fazenda. “Isso permitirá ao produtor eliminar os custos de manter receptora vazia na fazenda, aumentar a receita com o abate ou venda da receptora após a parição e evitar, ainda, custos com nascimentos de machos, se optar pela garantia de adquirir somente fêmeas”, informa.
A rentabilidade do negócio também é impactada mais rapidamente em decorrência do aumento de fêmeas de alta produção no rebanho. A FIV proporciona um melhoramento genético mais rápido comparado a outras técnicas utilizadas para a produção de embriões, doadoras e sêmen com as características genéticas superiores. “Por exemplo, considerando um rebanho de produção média de 4.000 kg de leite/lactação, utilizando a inseminação artificial com um touro que adicione 500 kg de leite/lactação às filhas, seriam necessários cerca de 30 anos para obter uma fêmea com produção de 9.000 kg de leite/lactação. Com a FIV, pode-se utilizar doadoras superiores (9.000 kg/lactação) e com o mesmo sêmen, já na primeira geração, seria possível obter uma fêmea com produção média de 9.500 kg/lactação”, assegura Thaís Alves Rodrigues, responsável pelo setor de Pesquisa e Desenvolvimento do Cenatte Embriões.