Produtor dos EUA lamenta aprovação de tarifas contra 2,4-D da China e da Índia

Ele é um ingrediente ativo presente em mais de 1.500 herbicidas; a aprovação de tarifas contra 2,4-D da China e da Índia chega em um momento crítico.

Produtores de soja dos Estados Unidos se disseram decepcionados com a aprovação de taxas antidumping e tarifas compensatórias sobre produtos com 2,4-D importados da China e da Índia. O 2,4-D é um ingrediente ativo presente em mais de 1.500 herbicidas.

Em nota, a Associação Americana da Soja (ASA, na sigla em inglês) afirmou que a aprovação da medida pela Comissão de Comércio Internacional dos EUA (ITC) chega em um momento crítico, com incertezas comerciais e custos de produção próximos de níveis recordes, além das opções limitadas de herbicidas.

A ITC afirmou que a indústria norte-americana “está sendo materialmente prejudicada pelas importações de ácido 2,4-diclorofenoxiacético (2,4-D) proveniente da China e da Índia”. Citando o Departamento de Comércio dos EUA, a comissão disse que o ingrediente é comercializado no país “por preços inferiores ao valor justo e subvencionados pelos governos da China e da Índia”.

Para o presidente da ASA, Caleb Ragland, o anúncio dessas tarifas sobre as importações “é decepcionante para os produtores de soja em todo o país, que dependem da importação de 2,4-D genérico, combinado com outros herbicidas, para o controle inicial de ervas daninhas antes do plantio – especialmente em sistemas de plantio direto ou com preparo mínimo do solo”.

Ele destacou, ainda, que os produtos com 2,4-D importados não são concorrentes do produto 2,4-D colina da Corteva, já que produtores são obrigados por lei e por contrato a usar o produto da Corteva com as sementes Enlist da própria companhia. Essas sementes já detêm 60% do mercado e continuam ganhando participação a cada ano, disse.

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