Produtores criam bebê reborn estilo caipira

O fenômeno tem ganhado destaque nas redes sociais; produtores rurais criaram um “bebê reborn” no estilo caipira

O fenômeno dos bebês reborn tem ganhado destaque nas redes sociais e no mercado de artesanato, conquistando colecionadores e entusiastas ao redor do mundo. Essas bonecas hiper-realistas, feitas à mão com materiais como vinil e silicone, são tão detalhadas que muitas vezes são confundidas com bebês de verdade.

Os bebês reborn são adquiridos por diversos motivos, incluindo colecionismo, terapia emocional para mulheres que perderam filhos ou até mesmo como alternativa para quem não pode ter crianças.

Além do aspecto artístico e terapêutico, os bebês reborn também geram polêmicas e debates. Algumas pessoas questionam o preço elevado dessas bonecas, que podem custar milhares de reais, ou estranham o nível de realismo e apego emocional que elas despertam. Outras defendem que são uma forma de arte e conforto emocional legítima.

Com a popularização do tema, surgiram até comunidades online onde colecionadores compartilham fotos, dicas e histórias sobre suas “crianças reborn”. Seja como hobby, terapia ou expressão artística, o universo dos reborn continua a fascinar e dividir opiniões.

No campo não podia ser diferente, em um vídeo bem humorado, o pecuarista Pedro Geraldino e seu pai Fabio Franciele Geraldino produziram o bezerro reborn, e estão criando ele na mamadeira.

Os produtores trabalham com pecuária leiteira no município de Buri, estado de São Paulo, localizado na região sudoeste, a aproximadamente 270 km da capital paulista. A cidade tem uma população pequena, com cerca de 20 mil habitantes, e destaca-se por seu clima ameno e paisagens rurais.

A agropecuária é a base da economia da cidade, com destaque para a pecuária de corte e leiteira, além do cultivo de milho, feijão, soja e eucalipto. A cidade possui um rebanho bovino significativo, contribuindo para a produção de carne e derivados do leite. A agricultura familiar também tem papel relevante, sustentando muitas propriedades rurais.

O vídeo, publicado nas redes sociais, já conta com mais de 125 mil visualizações e trata de forma bem humorada uma das polêmicas mais comentadas nas últimas semanas no Brasil. No vídeo, Pedro, indaga o pai: “Ei, pai! Pai do céu, o que você está inventando com essa coisa aí, homem?” – diz ele.

Bebê reborn, homem! Nasceu essa noite! Tem que zelar bem dele, Pedro. Ele é menorzinho que os outros, mas vai dar bão, rapaz do céu!” – argumenta o pai.

E o filho, em forma de reprovação, responde – “Meu Deus! Mundão está perdido mesmo!

Confira o vídeo:

A moda dos bebês reborn tem sido alvo de críticas por alimentar um consumismo excessivo e questionável, já que muitas dessas bonecas hiper-realistas são vendidas por valores exorbitantes, chegando a milhares de reais, o que levanta debates sobre a banalização do afeto e a exploração comercial de fragilidades emocionais.

Além disso, há quem argumente que a obsessão por esses objetos pode reforçar estereótipos de maternidade idealizada ou até mesmo dificultar o processo de luto em casos de perda gestacional, ao substituir um bebê real por uma representação artificial, em vez de incentivar o enfrentamento saudável da dor.

Outro ponto controverso é a estetização da infância, reduzindo a figura da criança a um acessório de colecionador, muitas vezes tratado como “brinquedo para adultos”, o que pode distorcer a percepção sobre a complexidade e os desafios reais da parentalidade.

Outro ponto polêmico são relatos de pessoas que tentam utilizar o Sistema Único de Saúde (SUS) para atendimentos médicos fictícios, levando bonecas hiper-realistas a hospitais como se fossem bebês de verdade. Essa atitude não apenas desperdiça recursos públicos destinados a pacientes reais, mas também banaliza um serviço já sobrecarregado, além de expor uma distorção preocupante entre fantasia e realidade.

Críticos argumentam que, enquanto o SUS enfrenta filas e falta de estrutura, esse tipo de comportamento revela um individualismo absurdo e uma falta de noção sobre as prioridades da saúde coletiva, transformando um hobby em um problema ético e social.

Quer ficar por dentro do agronegócio brasileiro e receber as principais notícias do setor em primeira mão? Para isso é só entrar em nosso grupo do WhatsApp (clique aqui) ou Telegram (clique aqui). Você também pode assinar nosso feed pelo Google Notícias

Não é permitida a cópia integral do conteúdo acima. A reprodução parcial é autorizada apenas na forma de citação e com link para o conteúdo na íntegra. Plágio é crime de acordo com a Lei 9610/98.

Siga o Compre Rural no Google News e acompanhe nossos destaques.
LEIA TAMBÉM