Projeto de seleção genômica para resistência a Ceratoconjuntivite

Projeto será focado em seleção genômica para identificar animais geneticamente resistentes a Ceratoconjuntivite Bovina Infecciosa (CBI), entenda como.

Depois do desenvolvimento do trabalho relacionado ao carrapato bovino, um novo projeto conjunto entre a Conexão Delta G e a Embrapa Pecuária Sul vai criar um modelo de seleção genômica que permita identificar e selecionar animais Hereford geneticamente mais resistentes à Ceratoconjuntivite Bovina Infecciosa (CBI), enfermidade que causa grande prejuízo na criação de raças taurinas e suas cruzas.

O primeiro passo do programa consistiu na coleta de fenótipos relacionados à doença em touros e novilhas de sobreano da raça Hereford de membros da entidade, com o objetivo de estimar parâmetros para a seleção genômica para resistência à CBI.

Com base nessas informações, e com base nas informações de DNA dos animais avaliados, foram identificados marcadores moleculares para a característica de resistência à Ceratoconjuntivite.

“Recentemente foram enviados à Embrapa animais de membros da Conexão, selecionados, com base nas informações coletadas, como resistentes e sensíveis à CBI, com o objetivo de, através de infecções experimentais com Moraxella bovis, validar os marcadores identificados e caracterizar as cepas de Moraxella bovis responsáveis pelos surtos de infecção”, explica o presidente da Conexão Delta G, Eduardo Eichenberg.

Conforme o dirigente, futuramente, com base nessas informações, e com o aumento do banco de dados de fenótipos e genótipos da enfermidade, que irá ocorrer com a coleta de fenótipos sobre CBI ao longo dos próximos anos, a expectativa é poder realizar, com um satisfatório grau de acurácia, a seleção genômica para resistência à Ceratoconjuntivite em animais Hereford, “da mesma forma que já podemos realizar, com bastante confiabilidade, a seleção genômica para resistência ao carrapato em animais Hereford e Braford”, observa.

Embora a mortalidade por CBI não seja elevada, os prejuízos econômicos causados pela doença são consideráveis. Além dos custos elevados com o tratamento nem sempre efetivo, nos animais doentes ocorre diminuição no ganho de peso e na produção de leite.

Não existe uma estimativa para os custos com esta doença no Brasil, mas a perdas anuais chegam a US$ 23,5 milhões na Austrália e mais de US$ 150 milhões nos Estados Unidos segundo estudos de pesquisadores desses países.

Fonte: AgroEffective

Siga o Compre Rural no Google News e acompanhe nossos destaques.
LEIA TAMBÉM