Projeto digital inédito para a extração de óleo de palma com uso de IA tem participação brasileira

Maior produtora de óleo de palma da América Latina — Foto: Divulgação

Tecnologia de Ressonância Magnética brasileira integra projeto digital inédito para a extração de óleo de palma com uso de IA; Parceria entre as empresas FIT, do Brasil, e Airei, da Malásia, busca reduzir riscos e tornar a extração mais sustentável.

A tecnologia de ressonância magnética SpecFIT, equipamento utilizado na análise de produtos da agroindústria, desenvolvida pela startup brasileira FIT – Fine Instrument Technology, em parceria com a Embrapa Instrumentação, foi integrada à plataforma de inteligência artificial “My Palm”, ferramenta criada pela empresa malaia Airei, de soluções de IA e robótica para o mercado de extratoras de óleo de palma. Todos os dados do SpecFit passaram a alimentar e confirmar o algoritmo de inteligência artificial da empresa.

A parceria inédita entre FIT e Airei para a nova configuração da plataforma My Palm promete acelerar as transformações neste mercado que responde por mais da metade das cerca de 90 milhões de toneladas de óleos comestíveis exportados em todo o mundo.

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Com sua nova estrutura, a plataforma oferece soluções de gestão às extratoras de óleo de palma em tempo real, principalmente para a previsibilidade da eficiência, medições com precisão de perdas durante o processo de extração de óleo e para manutenções programadas do maquinário.

A ferramenta também permite o rastreamento da cadeia de suprimento direta e indireta das extratoras, até o nível das fazendas, permitindo que a indústria corte laços com agricultores que degradam os biomas. Antes disponível somente para as empresas do Sudeste Asiático, a plataforma My Palm foi trazida para o Brasil e está disponível também para os demais países da América Latina.

Na América Latina, o Brasil e a Colômbia respondem pelo maior volume de produção. Enquanto no Brasil, a maior parte da produção de óleo de palma ocorre no Pará, onde existem 207 mil hectares de palma de óleo, a Colômbia é o quarto maior produtor e exportador de óleo de palma do mundo, com quase 450 mil hectares de plantações. Lucas Topp, gerente de operações da FIT e responsável comercial do SpecFIT, lembra que a FIT tem 40% do das extratoras da América Latina como clientes e que apenas uma pequena parcela está presente na indústria 4.0. “Sabemos que é importante levar a inovação onde ela ainda não chegou”, conclui.

“O grande diferencial da plataforma está na união da IA preditiva da AIREI com os sensores e dados do nosso equipamento SpecFit, permitindo ajustes em tempo real. As extratoras poderão ter um controle mais preciso do processo de extração do óleo, assim como uma produção mais organizada, limpa e sustentável, com redução de mão de obra em etapas que trazem risco ao trabalhador e ao processo”, ressalta o CEO da FIT, Daniel Consalter.

“Reconhecemos que há uma sinergia entre a plataforma MyPalm e o equipamento de ressonância magnética da FIT. São tecnologias complementares que possibilitarão um grande avanço tecnológico e um impulsionamento à inovação direcionada aos extratores de óleo de palma.”, avalia, Surendran, CEO da AIREI.

O evento de lançamento do *Smart Mill* aconteceu no final de novembro e contou com a presença do ministro da Agricultura (Ministry of Plantation & Commodities) da Malásia, Datuk Seri Johari Abdul Ghani ( ao centro), além dos CEOs da Airei, Surendran ( dir) e da FIT, Daniel Consalter (esq.)

Tecnologia brasileira em extratora Inteligente

A tecnologia de ressonância magnética SpecFit, também está sendo usada pela primeira extratora de óleo de palma inteligente (Smart Mill),na Malásia, país reconhecido como o grande provedor de tecnologia para o setor. O projeto malaio inclui a utilização de sensores da tecnologia de ressonância magnética da FIT em todos os maquinários do processo de extração da indústria, os quais irão alimentar os algoritmos de aprendizado da plataforma My Palm.

“A plataforma muda o mindset desta indústria. É uma ferramenta essencial para aprimorar o monitoramento de todo o processo, aumentar a rastreabilidade do produto e viabilizar uma produção mais sustentável, conectando extratores e fornecedores, gerando valor e oferecendo retornos financeiros atraentes”, avalia o CEO da FIT, Daniel Consalter.

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