Quarto de Milha x Puro-Sangue Inglês: quem ganha a batalha pela coroa da velocidade?

Já se perguntou: Qual é a raça de cavalo mais rápida do mundo?Com velocidades de tirar o fôlego e um físico moldado para correr, uma raça equina bate recordes mundiais e supera até o famoso Puro-Sangue Inglês em explosão nas pistas.

Há milhares de anos, a imagem de cavalos galopando a toda velocidade fascina a humanidade. Desde as corridas de bigas na Roma Antiga até os páreos modernos nos hipódromos, buscar o cavalo mais veloz sempre foi uma obsessão. Imperadores romanos, sultões árabes e monarcas europeus investiram na criação de animais cada vez mais rápidos, celebrando campeões equinos como verdadeiros heróis. Foi na Inglaterra do século XVIII, porém, que nasceu formalmente o turfe moderno, com a seleção do Puro-Sangue Inglês – uma raça feita para a velocidade e que logo dominou as competições.

Hoje, das pistas de grama de Ascot e Kentucky às areias do Jockey Club Brasileiro, as corridas continuam atraindo multidões. Mas afinal, qual é a raça de cavalo mais rápida do mundo?

O recorde de velocidade mais reconhecido pertence à égua Winning Brew, da raça Puro-Sangue Inglês, que em 14 de maio de 2008 atingiu a impressionante marca de 70,76 km/h ao completar 402 metros em 20,57 segundos nos Estados Unidos. Este feito foi registrado como o maior desempenho já alcançado oficialmente por um cavalo de corrida.

No entanto, em provas da raça Quarto de Milha, existem registros de cavalos alcançando velocidades superiores em trechos curtos. Alguns exemplares atingiram picos próximos de 88,5 km/h, superando Winning Brew em explosão, embora em contextos diferentes e sem o mesmo reconhecimento formal. O garanhão First Moonflash, por exemplo, tornou-se uma lenda em 2009 ao cravar 18,7 segundos nos 400 metros, mantendo média de 77 km/h – uma marca que surpreendeu até os cronometristas mais experientes.

Outros nomes históricos também ajudaram a moldar a reputação da raça Quarto de Milha: Easy Jet, Jet Deck e Go Man Go marcaram gerações de competidores com vitórias e tempos excepcionais, consolidando o título de “sprinters do mundo equino”.

A resposta está na combinação de anatomia, genética e treinamento.

  • Composição muscular: cavalos Quarto de Milha possuem maior proporção de fibras musculares de contração rápida, responsáveis por explosões de força em curtos períodos. Isso os torna imbatíveis em tiros curtos. Já os Puro-Sangue Inglês apresentam equilíbrio entre fibras rápidas e lentas, favorecendo o desempenho em distâncias médias e longas.
  • Estrutura corporal: o Quarto de Milha tem corpo compacto, garupa musculosa e peito largo, projetado para arrancadas potentes. O Puro-Sangue é mais esguio, de pernas longas e tórax profundo, o que lhe garante velocidade sustentada e resistência.
  • Passada: o comprimento e a frequência da passada também fazem diferença. Puro-Sangues têm passadas longas, ideais para ganhar terreno em corridas longas, enquanto os Quarto de Milha compensam com uma taxa altíssima de passadas por segundo nos primeiros metros.
  • Seleção genética e treinamento: as duas raças foram moldadas para diferentes contextos. O Quarto de Milha foi desenvolvido nos Estados Unidos para corridas curtas, rodeios e provas de trabalho, enquanto o Puro-Sangue Inglês surgiu na Inglaterra para o turfe clássico.

A disputa pelo título de mais veloz depende da distância.

  • Nos tiros curtos de até 400 metros, nenhum cavalo supera a arrancada do Quarto de Milha.
  • Em corridas de 1.000 a 3.000 metros, o Puro-Sangue Inglês domina com sua combinação de velocidade e resistência.

Em resumo, o Quarto de Milha é o rei da explosão, enquanto o Puro-Sangue Inglês é o soberano das longas distâncias. Cada um à sua maneira desafia os limites da natureza e conquista plateias mundo afora.

Além de Winning Brew e First Moonflash, nomes como Secretariat (vencedor do Belmont Stakes em 1973, mantendo média superior a 60 km/h em 2,4 km), Man o’ War, Citation e American Pharoah ajudaram a elevar o patamar do turfe mundial. Já no Quarto de Milha, a tradição se mantém viva em haras americanos e brasileiros, com novos campeões surgindo e mantendo a chama acesa.

No Brasil, tanto o Quarto de Milha, presente em vaquejadas, três tambores e corridas retas, quanto o Puro-Sangue Inglês, estrela do turfe nacional, movimentam milhões em criação, leilões e apostas. O país figura entre os maiores criadores de Quarto de Milha do mundo e exporta Puro-Sangue de qualidade internacional.

Quando se fala em velocidade máxima, é preciso entender o contexto. O Quarto de Milha é imbatível em explosão nos tiros curtos, enquanto o Puro-Sangue Inglês é insuperável em manter altas velocidades nas corridas clássicas. Dois gigantes que, cada um à sua maneira, fazem da corrida um espetáculo emocionante e eterno.

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