Queda de aeronave em zona rural de São Paulo deixa duas vítimas fatais: veja

A aeronave, fabricada em 1943 e destinada à instrução, estava com a documentação em dia e colidiu diretamente com o solo em uma área de campo

Uma tragédia aérea marcou a manhã desta terça-feira (1º) no interior de São Paulo. Um avião de pequeno porte caiu por volta das 11h50 em uma área rural de Potirendaba, distrito pertencente a São José do Rio Preto, provocando a morte de duas pessoas. As vítimas eram o piloto Abner Oliveira, de 39 anos, e o aluno de aviação Felipe Coiado, de apenas 24 anos.

A aeronave envolvida no acidente era um modelo CAP-4 Paulistinha, de prefixo PP-RDJ, fabricado em 1943 e pertencente ao Aeroclube de São José do Rio Preto. O avião realizava um voo de instrução no momento da queda e, segundo o Corpo de Bombeiros, as mortes ocorreram devido a politraumatismos causados pelo forte impacto com o solo. Ambos os ocupantes ficaram presos às ferragens e não resistiram aos ferimentos.

Resposta imediata das autoridades

O Corpo de Bombeiros de São Paulo foi acionado por volta das 11h50 e enviou ao menos seis viaturas e 16 militares para o atendimento da ocorrência. Ao chegarem ao local, constataram que não havia sobreviventes. A aeronave caiu em uma área aberta de zona rural, sem atingir edificações próximas, e também não houve registro de incêndio ou vazamento de combustível.

Equipes da Polícia Civil e peritos do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) foram chamadas para investigar as circunstâncias do acidente. As investigações devem considerar não apenas falhas mecânicas, mas também as condições meteorológicas e procedimentos de voo adotados na instrução.

Situação documental da aeronave

Foto: 13º Grupamento do CBPMESP

Segundo dados obtidos no Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB), da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o avião estava devidamente registrado para uso em voos de instrução privada. No entanto, um ponto chamou a atenção dos investigadores: o Certificado de Verificação de Aeronavegabilidade (CVA), um dos principais documentos que atestam a condição de voo de qualquer aeronave, tinha validade apenas até esta terça-feira, 1º de julho. A partir do dia seguinte (2), a aeronave só poderia voar mediante a renovação do certificado — o que levanta dúvidas sobre a possível proximidade do vencimento e a segurança da operação.

A aeronave, do tipo Paulistinha, é um modelo clássico da aviação brasileira, muito utilizado por aeroclubes para treinamento básico de pilotos. Embora antigo, com mais de 80 anos de fabricação, o avião era mantido em situação regular pela Anac, segundo consulta pública no sistema do órgão.

Vítimas

As duas vítimas da tragédia eram naturais da região. Felipe Coiado, de 24 anos, era aluno do Aeroclube e realizava um voo prático como parte de sua formação. Já o piloto instrutor, Abner Oliveira, de 39 anos, era experiente e conhecido no meio da aviação local. A confirmação dos óbitos foi feita ainda no local pela equipe do Corpo de Bombeiros.

Aeroclube ainda não se pronunciou

A reportagem tentou contato com o Aeroclube de São José do Rio Preto, proprietário da aeronave, mas até o momento não houve retorno oficial. A entidade deve ser ouvida pelas autoridades durante a apuração do caso, especialmente para esclarecer questões operacionais, de manutenção e de documentação da aeronave.

Escrito por Compre Rural

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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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