
Com raízes no Ciclo do Ouro, esses produtos artesanais – queijos mineiros – representam não apenas um legado histórico, mas também um dos principais pilares da gastronomia brasileira, conquistando admiradores ao redor do mundo e o título de Patrimônio Cultural e Gastronômico.
Os queijos mineiros são mais do que um alimento: são um símbolo da rica cultura e tradição de Minas Gerais. Com raízes no Ciclo do Ouro, esses produtos artesanais representam não apenas um legado histórico, mas também um dos principais pilares da gastronomia brasileira, conquistando admiradores ao redor do mundo e o título de Patrimônio Cultural e Gastronômico.
Em 2024, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) decidiu incluir os modos de fazer o Queijo Minas Artesanal na Lista Representativa do Patrimônio Imaterial da Humanidade, um feito histórico. Este título reforça a importância do queijo mineiro como um elemento de identidade cultural, protegendo suas tradições e valorizando os pequenos produtores que mantêm vivas as técnicas ancestrais de produção.
Esta é a primeira vez que os modos de fazer um alimento brasileiro recebem o título de Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade. A produção do Queijo Minas Artesanal abrange 106 municípios do estado de Minas Gerais. O alimento é feito há três séculos, desde o período colonial, a partir do leite cru.
👉 Nota: Desde 2008, os Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal são reconhecidos como Patrimônio Cultural do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), autarquia vinculada ao Ministério da Cultura.
O reconhecimento destaca a singularidade do processo artesanal, como o uso do “pingo”, um soro fermentado que confere ao queijo características únicas de sabor e textura. Além disso, o título da Unesco traz uma visibilidade global, abrindo portas para novos mercados e fortalecendo a imagem do Brasil como um polo de excelência gastronômica.
Como o Queijo Minas se tornou um ícone internacional?
A história do Queijo Minas começa no período colonial, quando os portugueses adaptaram suas receitas tradicionais às condições locais. Durante o Ciclo do Ouro, o queijo tornou-se uma solução prática para alimentação, ganhando destaque pela sua durabilidade e sabor. Com o passar dos séculos, as técnicas foram aprimoradas, e o Queijo Minas conquistou o status de um dos melhores queijos artesanais do mundo.
Hoje, ele é reconhecido não apenas por seu sabor, mas também por seu impacto econômico e cultural. A autenticidade do Queijo Minas é um reflexo das tradições passadas de geração em geração, mantendo viva a essência de suas origens.
A diversidade das regiões produtoras
Minas Gerais possui oito regiões reconhecidas oficialmente como produtoras de queijo, cada uma com características próprias que enriquecem a diversidade do produto. Araxá, Canastra e Serro são alguns dos destaques, com variações que refletem as condições geográficas, o clima e as técnicas específicas de cada local.
Entre os exemplos mais renomados está o queijo da região do Serro, que já havia sido declarado patrimônio cultural imaterial antes do reconhecimento pela Unesco. Esse selo confere ainda mais valor ao produto, posicionando-o como uma joia da gastronomia brasileira.
Queijos mineiros como atrativo turístico
O queijo mineiro não é apenas um alimento; é também uma experiência cultural e turística. Minas Gerais oferece roteiros que incluem visitas a fazendas, onde os visitantes podem acompanhar o processo de produção, desde a ordenha até a maturação, além de participar de degustações exclusivas.
Esse turismo gastronômico promove não apenas a economia local, mas também a valorização da cultura mineira, criando uma conexão única entre o consumidor e o produtor. O queijo, assim, se consolida como um patrimônio que transcende a culinária, tornando-se parte da história e da identidade do estado.
O futuro dos queijos mineiros
Com o reconhecimento internacional e o fortalecimento das práticas artesanais, o futuro dos queijos mineiros é promissor. As novas gerações de produtores estão empenhadas em preservar as tradições, enquanto buscam inovações para conquistar novos mercados. Iniciativas de preservação cultural e sustentabilidade garantem que essa riqueza gastronômica continue a brilhar, tanto no Brasil quanto no cenário global.
Os queijos mineiros são, portanto, mais do que um alimento: são um símbolo de história, cultura e sabor, que agora têm sua importância reconhecida mundialmente. A Unesco reforça o que os mineiros sempre souberam: o queijo é um tesouro cultural e gastronômico que merece ser celebrado.
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