Raiva equina: sinais, riscos e a melhor forma de prevenção

A doença é uma ameaça silenciosa aos cavalos, mas que pode ser evitada com vacinação e monitoramento adequado.

A raiva equina é uma doença neurológica altamente letal, causada pelo vírus rábico. Embora rara em cavalos, a enfermidade apresenta um alto potencial zoonótico, ou seja, pode ser transmitida para humanos e outros animais. Além disso, a progressão dos sintomas ocorre de forma extremamente rápida, tornando o diagnóstico e a prevenção fundamentais para evitar surtos e proteger a saúde pública.

O vírus da raiva é transmitido pela saliva de animais infectados, geralmente por meio de mordidas ou lambeduras em ferimentos. Nos equinos, a infecção acontece, na maioria dos casos, devido ao ataque de carnívoros selvagens ou morcegos hematófagos.

Nem toda mordida de um animal contaminado resulta em infecção, já que o vírus pode não estar presente na saliva no momento do ataque. No entanto, quando a contaminação ocorre, o vírus se multiplica nas células musculares do animal e se desloca para o sistema nervoso central, afetando a medula e o cérebro.

Outro possível meio de transmissão ocorre por inalação do vírus em cavernas infestadas por morcegos contaminados. Isso faz com que a doença seja um risco não apenas em áreas rurais, mas também em locais com grande presença desses animais.

Os primeiros sinais da doença podem ser sutis e variar conforme a localização da infecção. No entanto, a progressão dos sintomas é sempre acelerada e fatal. Os sinais clínicos incluem:

  • Mudança repentina de comportamento (agressividade ou apatia);
  • Dificuldade em se levantar e andar;
  • Tremores e convulsões;
  • Salivação excessiva e espuma na boca;
  • Dificuldade de engolir alimentos e água;
  • Paralisia progressiva;
  • Feridas de mordida de morcegos no corpo;
  • Ereção persistente e dolorosa;
  • Aparência de estrangulamento;
  • Anorexia e perda de peso repentina.

A doença evolui rapidamente para quadros graves, resultando em coma e morte em poucos dias após o aparecimento dos primeiros sintomas.

A confirmação da raiva equina só pode ser feita por meio de exames laboratoriais no cérebro do animal após o óbito. Por isso, veterinários devem ser consultados imediatamente ao se observar sintomas suspeitos.

Por se tratar de uma zoonose, a raiva representa risco para humanos, principalmente para tratadores e veterinários que manipulam animais infectados. O contato com a saliva do cavalo doente pode ser suficiente para a transmissão do vírus, tornando o isolamento do animal uma medida essencial.

A raiva não tem cura, e uma vez que os sintomas aparecem, o animal inevitavelmente irá a óbito. O único método eficaz para controlar a doença é a vacinação preventiva.

A vacina antirrábica é considerada uma das principais imunizações obrigatórias para equinos, segundo a Associação Americana de Profissionais Equinos. O protocolo recomendado inclui:

  • Primeira dose: aos 3 ou 4 meses de idade;
  • Reforço: no primeiro ano de vida;
  • Aplicações anuais subsequentes para manutenção da imunidade.

Além disso, animais suspeitos de infecção devem ser isolados imediatamente, e os profissionais que lidam com equinos devem considerar a vacinação preventiva para humanos, especialmente em regiões de risco.

A raiva equina é uma doença fatal e de rápida evolução, representando um grave risco para a saúde animal e humana. A vacinação é a única forma de prevenção eficaz, garantindo a proteção do rebanho e evitando surtos que possam afetar também outras espécies, incluindo seres humanos. Criadores, veterinários e profissionais do setor devem estar atentos aos sinais da doença e reforçar a imunização para manter o controle da enfermidade no país.

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