Seleção genômica de bovinos resistentes ao carrapato é tema de seminário

O pesquisador Fernando Cardoso, foi um dos palestrantes do seminário Seleção Genética – desempenho animal e resistência ao carrapato

Organizado pela Farsul, o evento reuniu especialistas de diferentes países e, segundo José Fernando Piva Lobato, consultor técnico da entidade e responsável pela organização, o seminário foi um momento fundamental para trazer ao pecuarista gaúcho a importância da genética animal para aumentar a produtividade, segurança e eficiência do setor.

A palestra proferida por Cardoso teve como tema “Iniciativas globais para melhorar a resistência dos bovinos aos carrapatos por meio da seleção genômica”, e foi elaborada em parceria com a pesquisadora Heather Burrow, da Universidade da Nova Inglaterra, da Austrália. De acordo com Fernando Cardoso, os prejuízos causados ​​pelo carrapato são comuns em todas as regiões tropicais e subtropicais do mundo. “Segundo um estudo de 2016, os prejuízos causados ​​pela parasita no mundo são superiores a 30 bilhões de dólares, impactando produtores de diferentes países”.

Seleção genética
Foto: Divulgação

De acordo com o pesquisador, uma seleção de animais resistentes à parasita é uma solução de baixo custo e permanente para o problema. Com a utilização da genética molecular, o processo de seleção de animais resistentes tornou-se mais acessível e rápido para o setor produtivo. “A genômica possibilita dobrar a velocidade da seleção em relação ao melhoramento tradicional, por meio dos ganhos de acurácia”. Com a seleção pela resistência ocorre uma diminuição da carga de carrapatos nos animais e também da infestação nas áreas de criação.

Cardoso também falou do esforço internacional para a busca de soluções para combater o carrapato, do qual a Embrapa participa. Nesse sentido, ele citou a criação do Consórcio Internacional do Carrapato, coordenado pelo Centro para Genética e Saúde da Pecuária Tropical (CTLGH), localizado na Universidade de Edimburgo, no Reino Unido e que envolve países da África, Oceania, Europa e das Américas.

Uma das primeiras ações do consórcio foi a união de bancos de dados do Brasil, África do Sul e Austrália com informações de predição genômica para resistência de diversas raças de bovinos de corte. “A cooperação internacional é um caminho para unir esforços na busca de soluções para problemas comuns e é fundamental para o desenvolvimento de ferramentas que contribuam para a seleção genômica de bovinos com sangue taurino mais resistentes ao carrapato”.  

Fonte: www.embrapa.br

ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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