Recria intensiva é a chave para o pecuarista que busca se manter na atividade

A fase da recria ganha protagonismo em tempos de margens apertadas. Entenda como a intensificação pode salvar a rentabilidade da pecuária.

A pecuária de corte brasileira vive sob pressão: custos elevados, mercado instável e exigência crescente por eficiência. Nesse cenário, a recria intensiva surge como a fase mais estratégica do ciclo produtivo, sendo considerada por especialistas como o verdadeiro “pulo do gato” para quem deseja se manter competitivo.

De acordo com o consultor Maurício Palma Nogueira, é na recria que o pecuarista tem maior margem para agregar arrobas com custo mais baixo. Enquanto o confinamento depende de grãos e insumos mais caros, a recria pode ser baseada em pastagens de alta qualidade e suplementação estratégica, garantindo maior retorno por real investido.

O processo de intensificação envolve adubação de pastagens, manejo rotacionado e suplementação mineral/proteica. Isso permite que o animal dobre sua taxa de ganho em comparação ao sistema extensivo. Em média, um bezerro pode ganhar de 400 a 600 gramas por dia em recria intensiva, contra menos de 200 g/dia em pastos degradados.

Benefícios da recria intensiva

  1. Maior ganho de peso diário
  2. Redução do tempo até a terminação
  3. Melhor aproveitamento das áreas de pastagem
  4. Maior uniformidade do lote
  5. Redução do custo por arroba produzida

O professor Carlos Sérgio de Carvalho (UFV) explica que a recria bem-feita reduz o tempo de confinamento, diminuindo a dependência de grãos e aumentando a rentabilidade final. “Um boi que chega mais pesado ao confinamento exige menos tempo e menos ração para atingir o peso de abate”, ressalta.

Além disso, a recria intensiva se conecta à sustentabilidade, já que permite maior produção de carne por hectare, reduzindo a pressão por abertura de novas áreas. Esse fator é decisivo para a imagem da pecuária brasileira diante do mercado externo.

Portanto, investir em recria intensiva não é apenas uma opção, mas uma necessidade estratégica para quem deseja permanecer competitivo no setor.

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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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