Sérvia busca consolidação no futebol e no agro, após independência

Apenas em 2003 a Sérvia se tornou um país independente. A Seleção da Iugoslávia ficou em quarto nos Mundiais de 1930 e de 1962.

Neste ano de 2022, a Sérvia participa de sua terceira edição da Copa do Mundo de Futebol, como país independente, sendo que nas duas edições como país independente a Sérvia não passou da Primeira Fase. Apesar de estrear apenas em 2010 representando apenas a Sérvia, os sérvios participaram de dez edições da Copa do Mundo de Futebol.

Para a FIFA, a Seleção da Sérvia é sucessora das seleções da Iugoslávia e da Sérvia e Montenegro. A Seleção da Iugoslávia ficou em quarto nos Mundiais de 1930 e de 1962. Já em sua única participação, em 2006, a Seleção da Sérvia e Montenegro acabou eliminada na Primeira Fase.

Apesar dos problemas internos, a Iugoslávia foi duas vezes vice-campeã da Eurocopa (1960 e 1968) e conquistou dois 4º lugares (1930 e 1962) em Copas do Mundo. Os países remanescentes da Iugoslávia mantêm a tradição de revelar jogadores habilidosos. Com a divisão da Iugoslávia, seis jogadores sérvios nasceram em países da antiga federação.

A seleção da Sérvia tende a ser muito mais forte do que a seleção de Montenegro. Dos 23 convocados da seleção da Sérvia e Montenegro na Copa da Alemanha, apenas dois eram montenegrinos.

É interessante ressaltar que as seleções da Sérvia e de Montenegro se enfrentaram duas vezes, com duas vitórias sérvias. Ambas as partidas foram válidas pelo Grupo 4 da Liga C da Liga das Nações da UEFA de 2018-2019. As duas seleções foram sorteadas no mesmo grupo.

A Sérvia ficou em primeiro lugar do grupo e conseguiu a promoção para Liga B da temporada seguinte. A Seleção de Montenegro terminou em terceiro lugar no grupo, permanecendo na Liga C no torneio seguinte.

Nesta Copa, além do Brasil os sérvios enfrentarão a Suíça e Camarões, pelo Grupo G da primeira fase.

Agronegócio

Apenas em 2003 a Sérvia se tornou um país independente. Até então, ela integrava a República Socialista Federativa da Iugoslávia, da qual também faziam parte Bósnia e Herzegovina, Croácia, Macedônia, Montenegro e Eslovênia. O atual território sérvio corresponde a uma área pouco menor que a do estado de Santa Catarina, com 57,9% das terras destinadas à exploração agropecuária. A Sérvia está na 66° posição no Índice de Desenvolvimento Humano. Seu ingresso na União Europeia está previsto para 2025.

O Banco Europeu de Recuperação e Desenvolvimento (Berd) e da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) sustentam ações para o desenvolvimento do agronegócio sérvio. O país sofre com escassez de água e com as mudanças climáticas, e, dessa forma, busca ampliar os plantios irrigados, que atualmente correspondem a apenas 4% das terras cultiváveis.

Tabaco, milho, trigo e maçãs, além de frutas congeladas e nozes, estão entre os produtos do agronegócio mais exportados pelo país. Os principais compradores são outros países europeus. A produção de oleaginosas possui destaque na economia, empregando mais de 180 mil pessoas, segundo dados do Berd. A Sérvia é, inclusive, um dos principais produtores de milho do continente.

Segundo relatório de 2017 do Ministério da indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), as importações de produtos sérvios pelo Brasil somaram U$ 21,2 milhões. Mas a participação do agro nessa conta é tímida: apenas US$ 632 mil, principalmente hortaliças, sementes e tecidos. As exportações do Brasil para o país europeu, por sua vez, renderam no ano passado US$ 40,8 milhões, referentes principalmente à venda de carne bovina e de frango e café.

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