Aliança contra a Fome e a Pobreza, acordada por 82 países da reunião de cúpula, além de acordos com China, beneficiam produção de alimentos
O setor agropecuário saiu ganhando a curto, médio e longo prazos após a 19ª Reunião de Cúpula do G20, que reuniu, entre os dias 18 e 19 de novembro, as 20 maiores economias do mundo, sob liderança do Brasil, anfitrião e país presidente do bloco na ocasião. Para começar, o compromisso assumido por 82 países, além da União Europeia e da União Africana, no combate à fome e à pobreza, garante mais alimentos na mesa da população mundial e, consequentemente, maior produção e consumo globais.
Segundo o governo federal, aderiram também à Aliança Global contra a Fome e a Pobreza mais 26 organizações internacionais, 9 instituições financeiras e 31 fundações filantrópicas ou não-governamentais, o que representou uma vitória do governo de Luiz Inácio Lula da Silva e da diplomacia brasileira.
O lançamento da aliança ocorreu no dia 18 de novembro e, em seu discurso, Lula reforçou que o combate à fome e à pobreza não é apenas “fazer justiça”. Segundo o presidente, trata-se de “uma condição imprescindível para construir sociedades mais prósperas e um mundo de paz”.
Acordos bilaterais
Já no curto prazo, o maior benefício para a agropecuária brasileira ocorreu logo após o G20, no dia 20 de novembro, quando o presidente da China, Xi Jinping, que estava presente à cúpula, emendou uma visita de Estado e assinou, com o presidente Lula, em Brasília, 37 acordos bilaterais. Esses acordos incluíram áreas como agricultura e indústria, além de um plano de cooperação por sinergias entre programas brasileiros e a iniciativa chinesa “Cinturão e Rota”, que prevê investimentos em infraestrutura nos países parceiros da China.
No que diz respeito ao agronegócio, foram assinados memorandos de entendimento em bioeconomia, setor intimamente ligado ao campo, além da abertura do mercado chinês à exportação de sorgo; de uvas frescas de mesa; de gergelim; de farinha e óleo de peixe, além de outras proteínas e gorduras derivadas de pescado para alimentação animal.
No agronegócio, o Brasil já é o principal parceiro comercial da China. Agora, com a abertura desses novos mercados, o Ministério da Agricultura calcula que haverá ganho de pelo menos US$ 7 bilhões em exportações para a China, que é o principal importador mundial de gergelim. Quanto ao sorgo, a China espera diversificar fornecedores após a vitória de Donald Trump à Presidência dos Estados Unidos – os principais fornecedores do grão ao gigante asiático.
COP29 – Já em outro grande fórum realizado concomitantemente ao G20, a 29ª Conferência do Clima, em Baku, no Azerbaijão, a agropecuária permeou painéis e debates. Segundo a diretora do Programa de Clima do Imaflora, Isabel Garcia Drigo, uma das iniciativas debatidas já desde o meio do ano em Bonn, na Alemanha, foi um plano de trabalho para o desenvolvimento de uma plataforma online. Segundo Drigo, durante a COP29 foi discutido o formato dessa plataforma, que tem por objetivo mostrar como os países estão avançando para melhorarem seus sistemas produtivos e adaptá-los às mudanças climáticas.
Outra importante discussão, segundo a representante do Imaflora, ocorreu no Dia da Agricultura na COP29, em 19 de novembro. “Neste dia o foco das discussões foi a sustentabilidade dos sistemas agroalimentares”, comentou ela, acrescentando que se consideram sistemas agroalimentares a produção de um alimento desde o preparo do solo à semente, passando pela cadeia de distribuição até este alimento chegar ao prato do consumidor. “A discussão que permeou este dia foi como fazer a transição para sistemas agroalimentares sustentáveis, ou seja, um sistema que afete o menos possível o meio ambiente, o que resulta num alimento sustentável, saudável e nutritivo.”
Fonte: Agro Estadão
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