Sinais de alerta: veja como saber quando seu cavalo está doente

Identificar cedo os sinais de doença é essencial no manejo de cavalos. Febre, apatia, perda de apetite, secreções e dificuldades de locomoção estão entre os principais alertas que não podem ser ignorados.

Cuidar da saúde de um cavalo vai muito além de oferecer alimentação balanceada, água limpa e boas instalações. O animal, muitas vezes, não demonstra de forma clara quando está doente, o que exige do proprietário ou tratador um olhar atento para identificar mudanças sutis no comportamento ou na aparência. Reconhecer os sinais de alerta pode ser determinante para evitar complicações graves e até a perda do animal.

No contexto do agronegócio, onde os cavalos estão presentes tanto em atividades esportivas quanto no manejo diário das fazendas, a atenção preventiva é essencial. Um cavalo saudável apresenta olhos vivos, apetite regular, pelagem brilhante e disposição para o trabalho. Alterações nesses parâmetros devem servir como sinal de alerta imediato.

Cólica equina

Uma das enfermidades mais temidas pelos criadores, a cólica é um quadro de dor abdominal intensa, que pode ter diversas origens (acúmulo de gases, obstruções, vermes, dieta inadequada).
Sinais mais comuns:

  • Inquietação constante
  • Movimentos de rolar no chão
  • Coices no abdômen
  • Sudorese abundante
  • Recusa em se alimentar

Influenza equina (gripe dos cavalos)

Altamente contagiosa, essa virose respiratória se espalha rápido em plantéis. Afeta principalmente cavalos jovens e animais em trânsito.
Sinais mais comuns:

  • Tosse seca e persistente
  • Febre alta
  • Espirros e secreção nasal aquosa
  • Apatia e falta de apetite

Adenite equina (garrotilho)

Causada por bactérias (Streptococcus equi), compromete garganta e linfonodos, dificultando até a respiração.
Sinais mais comuns:

  • Febre e depressão
  • Secreção purulenta nas narinas
  • Gânglios da garganta inchados e doloridos
  • Dificuldade para engolir alimentos

Anemia Infecciosa Equina (AIE)

Conhecida como “febre do pântano”, é causada por vírus transmitidos por insetos. Não tem cura e exige controle rigoroso.
Sinais mais comuns:

  • Febre recorrente
  • Mucosas pálidas (indicando anemia)
  • Perda de peso e fraqueza
  • Inchaço em pernas e abdômen

Laminite (aguamento)

Inflamação nas lâminas internas do casco, geralmente associada a erros alimentares ou obesidade. É extremamente dolorosa e pode deixar sequelas permanentes.
Sinais mais comuns:

  • Relutância em andar ou mover-se
  • Claudicação (manqueira)
  • Casco quente e pulsação forte
  • Posição anormal para aliviar a dor (apoiando mais os membros traseiros)

Problemas dermatológicos

Entre os mais comuns estão sarna, micoses, dermatites e reações alérgicas.
Sinais mais comuns:

  • Queda de pelos localizada
  • Feridas com crostas ou úlceras
  • Coceira intensa (animal se esfrega em cercas ou muros)
  • Pele irritada, avermelhada ou descamando

A observação diária é a melhor forma de prevenção. Cavalos com olhos brilhantes, boa disposição, pelagem saudável e apetite constante estão, em geral, em bom estado. Qualquer mudança repentina nesses padrões deve ser considerada um alerta.

No campo, identificar os sintomas precocemente pode evitar perdas econômicas e preservar a qualidade de vida dos animais. Vacinação em dia, controle de parasitas, boa alimentação e acompanhamento veterinário regular são pilares essenciais para manter o rebanho saudável.

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