Sindiveg: área tratada com defensivos no Brasil cresce 1,8% no 1º trimestre

Os dados são de um levantamento encomendado pelo Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Defesa Vegetal (Sindiveg).

São Paulo, 9 – A área de lavouras com aplicação de defensivos agrícolas no Brasil cresceu 1,8% de janeiro a março em comparação com igual período do ano passado, totalizando mais de 831 milhões de hectares. Os dados são de um levantamento encomendado pelo Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Defesa Vegetal (Sindiveg) e realizado pela empresa Kynetec Brasil.

Conforme comunicado do Sindiveg, o estudo mostra que o volume de produtos aplicados para o controle de doenças e plantas convenientes aumentou 3,4% no primeiro trimestre do ano.

A distribuição por categoria é composta por herbicidas (42%), inseticidas (28%), fungicidas (22%), tratamento de sementes (1%) e outros, como adjuvantes, reguladores de crescimento e inoculantes (7%).

Para a avaliação, foi aplicada a métrica Potencial de Área Tratada ou Área Tratada por Produto (PAT), que considera tanto a quantidade de aplicações quanto o número de produtos presentes no tanque durante o manejo. As culturas com maior representatividade na área tratada foram milho (36%), soja (35%), algodão (13%), pastagens (7%), cana-de-açúcar (3%), hortifrutícolas (1%) e demais cultivos (5%).

Preços

Apesar do avanço em área e volume, o mercado registrou retração nos valores movimentados. O cálculo, com base nos preços pagos pelo agricultor, atingiu US$ 6,6 bilhões, uma queda de 11,1% frente aos US$ 7,4 bilhões selecionados no mesmo trimestre de 2024.

Regionalmente, o potencial de mercado no período analisado concentrou-se em Mato Grosso e Rondônia (37%), seguido por Bamatopipa (Bahia, Maranhão, Tocantins, Piauí e Pará), com 16%, São Paulo e Minas Gerais (14%), Paraná (10%), Mato Grosso do Sul (8%), Goiás e Distrito Federal (8%), Rio Grande do Sul e Santa Catarina (5%) e outras regiões (2%).

Em 2024, a área tratada por defensivos apresentou elevação de 12,2% em relação a 2023, alcançando a marca de mais de 2,5 bilhões de hectares. O primeiro trimestre (48%) e o quarto (34%) concentraram a maior parte das atividades de aplicação.

Em termos de volume, o incremento foi de 13,6%, com os herbicidas representando 45% do total, fungicidas 23%, inseticidas 22%, tratamentos de sementes 1% e demais categorias 8%.

O valor pago pelo agricultor somou US$ 19,9 bilhões, com queda de 6,6% em relação ao ano de 2023. Os principais fatores que causaram impacto na redução de mercado foram a queda de preços e movimentação cambial em virtude da desvalorização do real.

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