
Essa queda nos contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago ocorre em um momento crucial para o mercado de grãos, impactando diretamente os preços de milho e trigo. Esse é o nível mais baixo em 4 anos.
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago caíram para o nível mais baixo desde setembro de 2020, refletindo uma combinação de fatores globais e expectativas de uma safra abundante no Brasil. Essa queda ocorre em um momento crucial para o mercado de grãos, impactando diretamente os preços de milho e trigo.
Principais fatores para a queda
A queda nos preços da soja sinaliza um momento desafiador para o mercado de grãos, mas também reflete a robustez da produção brasileira. A safra recorde prevista e as expectativas para o próximo ciclo demonstram que o Brasil seguirá como peça-chave no equilíbrio entre oferta e demanda globais. A atenção agora se volta para as políticas internacionais e o comportamento climático, fatores decisivos para os preços no futuro.
Entre os principais motivos para a desvalorização estão:
- Safra recorde no Brasil: O país, maior produtor e exportador de soja do mundo, está a caminho de uma produção estimada em 171,5 milhões de toneladas métricas na safra atual, segundo a consultoria AgRural. Chuvas regulares nas principais regiões produtoras, como Mato Grosso e Paraná, garantem um cenário favorável para a colheita.
- Pressão do óleo de soja: Os preços do óleo de soja foram afetados negativamente pela exclusão de incentivos ao biodiesel em um projeto de financiamento do governo dos EUA, anunciado na terça-feira (17). Essa decisão eliminou uma possível sustentação para a demanda pelo produto.
- Dólar forte: Um dólar valorizado torna os grãos dos EUA menos competitivos no mercado internacional, ampliando a pressão sobre os contratos futuros.
- Vendas técnicas: De acordo com Joe Davis, trader da Futures International, o mercado enfrentou uma quebra técnica, atraindo ainda mais vendas e acelerando o movimento de queda.
Impacto nos mercados de milho e trigo
A queda da soja puxou os futuros de outros grãos:
- Milho: O contrato de março recuou 6,25 centavos, fechando a US$ 4,3725 o bushel.
- Trigo: Enfrentando forte concorrência das safras abundantes na Austrália e Argentina, o contrato recuou 3,75 centavos, encerrando a US$ 5,4125 o bushel.
Números de mercado
O contrato mais ativo da soja caiu R$ 0,25, fechando a US$ 9,5175 o bushel na quarta-feira (18), próximo ao valor mais baixo em quatro anos.
Projeções para a próxima safra de soja no Brasil
Apesar da pressão global, o Brasil continua sendo protagonista no mercado de soja. Para a próxima safra (2024/2025), especialistas projetam um crescimento na área plantada, impulsionado pelo interesse de produtores em aproveitar a valorização futura do dólar e a demanda internacional. As previsões indicam que a área de cultivo pode alcançar 43 milhões de hectares, com potencial de superar as 175 milhões de toneladas métricas, caso as condições climáticas permaneçam favoráveis.
Além disso, a tecnologia agrícola e a expansão para novas fronteiras no Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) deverão contribuir para consolidar o Brasil como líder global no fornecimento de soja.
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